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Capital

Hospital diz que indução de parto, mesmo com feto morto, é procedimento adequado

Mulher de 33 anos está internada no HR esperando retirada de bebê que morreu em sua barriga

Lucia Morel | 07/01/2022 18:42
Desesperada, Natália fez um vídeo do hospital e encaminhou para a redação. (Foto: Reprodução / vídeo)
Desesperada, Natália fez um vídeo do hospital e encaminhou para a redação. (Foto: Reprodução / vídeo)

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em nota oficial à imprensa, afirma que em casos de gestação de alto risco, como da confeiteira Natália Borges do Prado, 33 anos, para decidir sobre uma cesariana, é levado em conta a vida pós-parto da mãe, a possibilidade de ter novos filhos e a condição do útero para suportar uma nova gestação.

Natália está internada há três dias no HRMS Rosa Pedrossian, em Campo Grande, onde aguarda a retirada do bebê que morreu na sua barriga. Segundo a gestante, a equipe médica faz procedimento de indução com medicamento para retirar o feto de forma natural, sem cirurgia, mas seu organismo não responde. “É meu direito. Por que não fazem uma cesárea?”, lamentou.

O hospital informou ainda que utiliza protocolos do Ministério da Saúde para e que o procedimento de indução do parto em gestações de alto risco é “cada vez mais frequente, pois facilita o trabalho de parto e reduz as taxas de cesariana”.

“Em situação de aborto retido, o procedimento é feito em etapas e tem um prazo limite para a indução, que é discutido caso a caso. Se o feto continuar no ventre após o prazo, o médico informa as pacientes da necessidade de uma cesariana. A partir daí, deve ser agendado o procedimento em tempo oportuno, considerando as emergências”, detalha a nota.

Segundo a instituição, “uma cesariana, nesses casos, pode ocasionar uma lesão uterina em que a mãe pode ter uma gestação de alto risco e complicações em futuras gestações, com risco de perder o útero e até mesmo a vida”.

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