Idosa se desesperou ao ter casa invadida por suspeito morto pela PM
Caso aconteceu por volta das 4h, no cruzamento das ruas Flamengo com a Américo Brasiliense
“Estou até agora com as minhas pernas mole. Chorei de nervoso", disse a aposentada de 75 anos, dona da casa onde ocorreu confronto e acabou com a morte de Paulo Sérgio Ferreira, de 45 anos. O caso aconteceu por volta das 4h desta segunda-feira (10), no cruzamento das ruas Flamengo com a Américo Brasiliense, na Vila Almeida, em Campo Grande.
A idosa contou que estava dormindo, quando foi acordada com alguém a chamando. Era a Polícia Militar falando que um suspeito havia acabado de pular o muro e se escondido no quintal. “Fiquei com medo, tremia igual uma vara verde. Mas abri a porta para o policial militar entrar”, disse.
Segundo os policiais da 5ª Companhia que atenderam a ocorrência, Paulo resistiu à abordagem, tentou fugir e apontou revólver calibre 38 para a equipe policial. Foi quando ocorreu o confronto e o suspeito acabou baleado com dois tiros no tórax. Ele ainda foi socorrido à Santa Casa, mas não resistiu.
Conforme a idosa, que mora sozinha, nunca havia presenciado situação semelhante, não conhecia o suspeito e precisou tomar remédio para a pressão arterial. “Minha pernas ficaram paralisadas. Ele foi atingido no fundo do meu quintal. Foi um tiro atrás do outro. Marca de sangue, boné e o chinelo são dele”, contou a moradora apontando para os objetos que ficaram pelo local.
A idosa disse que depois não conseguiu mais dormir, ficou pensando o que o homem poderia ter feito com ela, se caso a polícia não estivesse ali. “Foram uns 30 minutos de terror. Fiquei com medo dele [o suspeito] entrar dentro de casa”, disse.
Caso - Segundo a Polícia Militar, fazia rondas na região quando avistou Paulo seguindo numa bicicleta em atitude suspeita. Houve tentativa de abordagem, mas ele saiu correndo, pulou o muro de uma casa e ao se deparar novamente com a equipe sacou a arma e apontou em direção aos policiais. Houve confronto e o rapaz acabou atingido com dois tiros no tórax. Ele era fichado na polícia e tinha mais de dez passagens por furtos e roubos.