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Capital

Imagens mostram corredores lotados de pacientes em macas na Santa Casa

Na segunda hospital apontava espera superior até a 12 horas por leito, mas diz que situação piorou

Por Maristela Brunetto | 14/02/2024 11:12
Pacientes e acompanhantes em corredor da Santa Casa: longa espera por leito (Foto: Direto das ruas)
Pacientes e acompanhantes em corredor da Santa Casa: longa espera por leito (Foto: Direto das ruas)

Pacientes internados em corredores, recebendo soro e medicação na veia, com acompanhantes em pé ao lado dos doentes. Uma cena que não é nova e volta a se repetir na Santa Casa de Campo Grande. Na segunda-feira, o hospital já havia divulgado que o problema antigo voltou a ocorrer, mas a direção garante que nas últimas 24 horas só piorou.

Na segunda eram 110. Mesmo com abertura de vagas, hoje são 118 pacientes internados só na área de Ortopedia, dos quais 47 precisam de cirurgia urgente. Nas imagens é possível contar, pelo menos, 15 macas espalhadas por 2 corredores. Um deles, está superlotado por conta da presença de acompanhantes.

Além disso, 22 estão no pronto-socorro, esperando por uma vaga na enfermaria. Como o interior não tem estrutura suficiente de alta complexidade, a maioria na Santa Casa veio de diferentes regiões do Estado.

"Estamos enfrentando um cenário crítico, que exige ações imediatas para garantir a qualidade e a segurança do atendimento aos nossos pacientes. Sabemos que a espera nos corredores é angustiante e desgastante, tanto para os pacientes quanto para os familiares. Por isso, estamos buscando soluções junto às autoridades competentes, para ampliar a nossa capacidade de atendimento e reduzir o tempo de espera", informa a assessoria do hospital.

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As imagens que chegaram ao Campo Grande News mostram tanto pessoas jovens como idosos em corredores. É possível constatar que até uma maca do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está disponível para uso no corredor, por falta de onde colocar os pacientes. Esse é outro problema crônico, porque as macas são retidas e prejudicam o socorro nas ruas.

A situação não afetaria somente aqueles que chegam e esperam o encaminhamento até um leito de enfermaria. Imagem mostra que também a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) tem todos os leitos ocupados. O Hospital é o maior do Mato Grosso do Sul.

“Estamos diante de um desafio complexo. Infelizmente, não temos a capacidade de atender a todos simultaneamente. Os casos de atendimento estão chegando de diversos pontos do estado, o que agrava ainda mais a situação”, afirma o documento.

A falta de leitos de internação não é um problema novo em Campo Grande. Além de pessoas moradoras da cidade, a rede hospitalar da Capital também recebe doentes do interior, enviadas pelo serviço de regulação do poder público.

Um dos principais hospitais do Estado, Santa Casa também tem UTI lotada
Um dos principais hospitais do Estado, Santa Casa também tem UTI lotada

A situação chegou a motivar uma ação civil pública do Ministério Público Federal pedindo o aumento da oferta de leitos para que o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian fosse excluído como uma das portas de entrada de urgências e emergências. O argumento foi que o hospital não estava conseguindo cumprir seu papel de hospital escola. A Justiça Federal chegou a conceder liminar para obrigar Estado e Município a criar um cronograma, mas recurso do Estado ao TRF3 (Tribunal Regional Federal) afastou a medida.

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