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Capital

Impasse com exame deixa incerteza sobre morte cerebral de criança de 5 anos

Emilly Vitória Saraiva de Jesus está internada há mais de 15 dias e teve um AVC

Tainá Jara | 14/02/2020 18:55
Emilly Vitória nasceu com síndrome de Down e aos cinco anos também foi diagnosticada com síndrome de "moyamoya" (Foto: arquivo pessoal)
Emilly Vitória nasceu com síndrome de Down e aos cinco anos também foi diagnosticada com síndrome de "moyamoya" (Foto: arquivo pessoal)

O diagnóstico de síndrome de “Moyamoya”, que aumenta muito o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e atinge em maior número quem tem síndrome de Down, inaugurou uma batalha pela vida da menina Emilly Vitória Saraiva de Jesus, de 5 anos, no ano passado. Internada há mais de 15 dias, agora sua família vive incerteza quanto ao fim desta luta. Impasse quanto à realização de exame para atestar a morte cerebral da criança deixa a família entre o adeus e a esperança.

O pai da menina, Waldesson Pereira de Jesus, 39 anos, relata que a menina tratava desde janeiro uma celulite bacteriana no olho. No entanto, mesmo medicada, o quadro de saúde de Emilly piorou no dia 29 de janeiro, quando foi internada no Hospital Universitário. Dois dias depois ela teve um AVC e os médicos levantaram a hipótese de morte cerebral.

Desde então, a família aguarda por prova do diagnóstico para saber como proceder. Protocolo para morte encefálica foi aberto na semana passada, mas o procedimento carece do resultado de um eletroencefalograma. “Estamos vivendo um velório por dia desde o dia 01 de fevereiro”, afirmou.

Conforme o HU, não há no hospital o aparelho necessário para a realização do exame. O equipamento está a disposição apenas na Santa Casa, porém, foi informado que estaria em manutenção.

A equipe do hospital tentou realizar outro procedimento para constatar o resultado, no entanto, a paciente, que está em estado considerado gravíssimo, não estava com as condições corporais necessárias e o resultado foi inconclusivo. O exame deve ser repetido amanhã.

A Santa Casa informou o eletroencefalograma está funcionando, porém, não há condições para fazer o transporte do equipamento até o HU.

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