Imprensa é barrada na porta da Casa da Mulher, que nem faxina tem hoje
"Novo protocolo" foi adotado após exposição de falhas graves no atendimento às mulheres vítimas de violência
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Exposição de falhas no atendimento às mulheres que procuram a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) logo depois da repercussão do feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, levou a um novo protocolo na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. A imprensa não pode mais entrar e, justamente hoje, na visita da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, nem faxineira tem no prédio.
RESUMO
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Após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande adotou um novo protocolo que impede a entrada da imprensa. Hoje, durante a visita da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, nem faxineiras estavam presentes devido a falta de pagamento. A equipe do Campo Grande News foi barrada na entrada e não conseguiu contato com a coordenadora Cleide Rodrigues da Costa.
Procedimento rotineiro nas redações jornalísticas, as equipes logo cedo passam pelas delegacias da cidade, em busca de informações. Todos os dias funcionam assim. Mas, hoje, a equipe do Campo Grande News foi barrada pelo porteiro, na entrada da Casa da Mulher Brasileira, onde funciona a Deam. Outros jornalistas também foram impedidos de entrar.
Segundo ele, se trata de um novo protocolo. "Precisa de autorização para entrar. Agora só entra com autorização da Cleide, que é coordenadora aqui", disse o trabalhador.
O "novo protocolo" foi adotado após a repercussão da morte da jornalista, que expôs falhas graves no atendimento às mulheres vítimas de violência, que procuram a Deam. Por conta disso, o Ministério das Mulheres foi acionado e também foi aberta investigação do Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial).
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, chega a Campo Grande nesta terça-feira (18). Ela se reunirá com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP); e com o presidente e o corregedor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, os desembargadores Dorival Renato Pavan e Ruy Celso Barbosa Florence, respectivamente.
É esperado que ela também visite a Casa da Mulher Brasileira. Mas, justamente hoje, nem serviço de faxina tem na casa. A reportagem do Campo Grande News percebeu que havia apenas uma funcionária no prédio, sendo que normalmente são 18. A equipe apurou que o serviço foi paralisado por falta de pagamento.
Na porta do prédio, a reportagem tentou contato com a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Cleide Rodrigues da Costa, mas ainda não obteve retorno.
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