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Capital

Jovem confessa que empinou moto, mas nega manobra antes de queda

Filipe Prado | 26/01/2015 11:04
Thiago confessou que empinou a moto quadras antes (Foto: Marcelo Calazans)
Thiago confessou que empinou a moto quadras antes (Foto: Marcelo Calazans)

O motociclista Thiago Ângelo de Lima, 22 anos, confessou que empinou a motocicleta na Avenida Ernesto Geisel antes da queda no Rio Anhanduí, que causou a morte da estudante Victória Nunes Fretes, 17. No entanto, ele destacou que a manobra arriscada ocorreu minutos antes e que não se lembra do momento do acidente.

Conforme o advogado de defesa, Marlon Ricardo Lima Chaves, a acusado não se lembra do que aconteceu no momento do acidente, quando perdeu o controle da moto, bateu em uma árvore e acabou derrubando a namorada e o veículo no Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal.

Thiago estava levando a adolescente para uma pista de manobras (Foto: Marcelo Calazans)
Thiago estava levando a adolescente para uma pista de manobras (Foto: Marcelo Calazans)
O advogado afirmou que Thiago não se recorda do acidente (Foto: Marcelo Calazans)
O advogado afirmou que Thiago não se recorda do acidente (Foto: Marcelo Calazans)

O delegado responsável pelo caso, Miguel Said, da 1ª delegacia de polícia, afirmou que Thiago ia a um evento de manobras próximo ao Detran, na saída para Rochedo. Ele almoçou na casa da adolescente e depois foram para o local.

No meio do caminho, o acusado empinou a moto, já com a adolescente como passageira. Mas Thiago afirmou que não se recorda se realizou a mesma manobra em frente ao Horto Florestal. O advogado ainda admitiu que testemunhas alegaram que um desnível na pista fez com que o acusado perdesse o controle, porém o motociclista não pode confirmar a informação.

“Ele só lembra do que aconteceu antes e depois, quando acordou na Santa Casa”, contou Marlon.

Said ouviu preliminarmente o acusado por 1h15 e assegurou que Thiago ainda não está sendo indiciado pelo crime. “Nós vamos esperar os laudos periciais e esperar a perícia da moto. Quando formar o juízo de convicção, afirmo pelo o que ele será indiciado”, explicou.

O delegado ainda afirmou que em 2014, Thiago foi abordado pela polícia quando realizava manobras com uma pessoa na garupa da moto, mas não confirmou que a ação tenha sido feitas mais vezes.

Pessoas que estavam no momento do acidente estão sendo ouvidas pela polícia, conforme o delegado. A família de Victória ainda não compareceu à delegacia, porque “não tem condições psicológicas e estão morando em outra cidade”.

“Esperamos que, no máximo, ele seja indiciado por homicídio culposo. Ele está aqui para assumir a responsabilidade pelo fato”, esclareceu o advogado.

Caso a polícia conclua que ele assumiu o risco ao empinar a motocicleta, Thiago pode responder por homicídio doloso, com pena de 12 a 30 anos de reclusão.

No entanto, se não houver dolo, ele responderá por homicídio culposo e a pena pode chegar a quatro anos.

O motociclista quebrou a clavícula e a perna (Foto: Marcelo Calazans)
O motociclista quebrou a clavícula e a perna (Foto: Marcelo Calazans)
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