ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  21    CAMPO GRANDE 25º

Capital

“Jovem dedicado que cometeu esse pecado”, diz defesa de acadêmico de Medicina

Advogado alega que prisão ocorreu por comoção midiática e defende tese de homicídio culposo

Por Kamila Alcântara e Gabi Cenciarelli | 21/03/2025 15:24

Na porta do Centro de Triagem de Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (21), imprensa e advogados acompanharam a liberação de João Vitor Fonseca Vilela, 22 anos, acadêmico de Medicina denunciado pelo atropelamento e morte da corredora Danielle Correa de Oliveira e pela lesão corporal de outra mulher.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

João Vitor Fonseca Vilela, estudante de Medicina, foi solto após 35 dias preso, acusado de atropelar e matar a corredora Danielle Correa de Oliveira e ferir outra mulher. O TJMS concedeu habeas corpus, e a defesa alega que a prisão foi desnecessária, destacando o histórico de bom aluno do jovem. O acidente ocorreu sob influência de álcool, segundo o MPMS. A defesa argumenta que o caso não configura crime doloso e critica a repercussão midiática. O caso gerou comoção entre amigos da vítima.

Ele ficou preso por 35 dias, mas saiu hoje após o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) conceder habeas corpus. O advogado de defesa, José Roberto Rodrigues da Rosa, afirmou que o histórico de "bom aluno e boa família" do jovem reforça que a prisão era desnecessária.

"João é um jovem dedicado que cometeu esse pecado na vida. Sentimos muito pela perda de uma vida, mas, do outro lado, também há uma família sofrendo com essa custódia", declarou o advogado.

José Roberto argumenta que a morte de Danielle não configura crime hediondo e que, conforme o Código de Trânsito, não se trata de um crime doloso, quando há intenção de matar. Segundo ele, a detenção só ocorreu devido à repercussão midiática e ao fato de envolver acadêmicos de Medicina.

“Jovem dedicado que cometeu esse pecado”, diz defesa de acadêmico de Medicina
Imprensa acompanha saída de João Vitor Fonseca Vilela da prisão, acompanhado dos advogados (Foto: Osmar Veiga)

"Infelizmente, vivemos em uma sociedade onde se pune o estudioso, onde se pune famílias com maior poder aquisitivo. Se fosse outra pessoa, teríamos vários casos semelhantes em Campo Grande nos últimos dias, envolvendo indivíduos de menor renda, que não receberam o mesmo tratamento", afirmou.

A liminar foi concedida na tarde de ontem (20) pelo juiz substituto em 2º grau Alexandre Branco Pucci, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande. João Vitor deixou a prisão em silêncio, aparentando estar mais magro, com a cabeça baixa e vestindo roupas neutras.

Embriaguez - Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o acidente aconteceu por volta das 6h, na MS-010. O acadêmico dirigia em zigue-zague e forçava ultrapassagens quando atropelou Danielle Correa de Oliveira e Luciana Timóteo da Silva Ferraz. As duas faziam parte de um grupo de corredores que estava às margens da rodovia. Danielle morreu no local, e Luciana sofreu ferimentos.

O MPMS denunciou João Vitor por homicídio simples e lesão corporal, ambos cometidos sob influência de álcool.

“Jovem dedicado que cometeu esse pecado”, diz defesa de acadêmico de Medicina
Veículo do estudante, que dirigia em zigue-zague na MS-010, segundo denúncia do MP (Foto/Arquivo)

O caso gerou comoção entre amigos da vítima, que compareceram ao Fórum de Campo Grande para acompanhar a audiência de custódia, onde o flagrante foi convertido em prisão preventiva.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias