Jovem diz que "brincava" com namorada de subir no capô quando houve acidente
Bafômetro indicou ainda alto teor de álcool no sangue de Rafael: 0,89 miligramas por litro
O jovem Rafael de Souza Carrelo, 19 anos, disse em seu depoimento à Delegacia da Mulher, às 9 horas de hoje, que não discutiu com a namorada, Mariana Vitória Vieira Lima, da mesma idade e que morreu atropelada por ele na madrugada de hoje na avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo.
Ele afirmou que ambos estavam brincando e que antes dela subir no capô do carro enquanto ele dirigia, foi ele quem estava sobre a parte frontal do veículo e ela dirigindo. Disse ainda que perdeu o controle do carro ao bater no meio-fio e que nisso acabou colidindo em um poste.
Feito teste do bafômetro, ele apresentou teor de 0,89 miligramas de álcool por litro de sangue, o que configura crime de trânsito e indica que ele estava bêbado no momento do acidente. Ele confessou ainda à polícia que quando adolescente já respondeu por ato infracional de dirigir embriagado.
Em parte do interrogatório, Rafael conta ainda que namorava Mariana há cerca de quatro meses e que não haviam discutido. Na noite de sábado, às 9 horas, eles foram em uma festa de aniversário na casa de amigo dele onde ingeriram vodka com energético. A in formação preliminar de que eles estavam bebendo em um bar foi descartada.
Por volta das 3h15, mesmo com o toque de recolher em vigor, eles saíram de lá e foram para a casa dele, mas por aplicativo de carona. Chegando na residência, resolveram então pegar o carro e irem até uma lanchonete, que estava fechada e novamente e voltariam para a casa de Rafael. No trajeto, entretanto, eles resolveram “brincar” subindo no capô enquanto um deles dirigia.
Nisso, ao se aproximarem da Via Park, na curva, ele perdeu o controle do carro, que saiu da pista, bateu em uma árvore e então em poste de energia, parando cerca de 30 metros à frente. Que em seguida viu a vítima caída, a pegou nos braços, levou até o asfalto e começou a gritar por socorro.
Policiais que atenderam a ocorrêncioa contaram que ele chorava muito com Mariana nos braços durante a abordagem.
Fiança não foi arbitrada a ele porque a soma da pena pelos dois crimes pelos quais passa a responder – conduzir embriagado e feminicídio – passa de quatro anos caso chegue a ser condenado. Até segunda-feira, quando será realizada a audiência de custódia, Rafael permanecerá preso na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Matéria alteradas às 16h39 para acréscimo de informação.