Juiz converte em preventiva prisão de pai e filho presos com arsenal
Os dois foram presos numa casa que funcionava como “paiol”, com armas, munições e dinheiro
Em audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (19), o juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior converteu em preventiva a prisão em flagrante do pai e filho, Angelo Brito, de 56 anos, e Luis Henrique Ocampos Brito, de 19 anos.
Pai e filho foram presos no sábado (17) numa casa que funcionava como “paiol”. Eles também levaram a PM (Polícia Militar) a local na Rua Santa Quitéria, no Jardim Centenário, uma “oficina de armas". No total, foram apreendidas 7 armas de fogo, 627 munições de vários calibres e R$ 9,8 mil em espécie, dinheiro vindo da venda ilegal de arma de fogo, segundo a polícia.
Sobre o fato, o juiz destacou que foram apreendidas diversas armas, inclusive de grosso calibre, situação que mostra a gravidade do caso. “Há indícios de que o custodiado seja integrante de organização criminosa, conforme narrativa no auto de prisão em flagrante. Isso porque há indícios de que outros indivíduos, apesar de ainda não identificados, integram o grupo criminoso, sendo imprescindível nova diligência a fim de identificar eventuais coautores”, escreveu o juiz.
Na frente do delegado Felipe Alvarez Madeira, na noite de sábado, Angelo e o filho dele preferiram o silêncio. Durante o interrogatório, foram feitas 11 perguntas a Angelo e a todas ele respondeu com a mesma afirmação, de preferir se valer do direito constitucional de se manifestar somente em juízo. O filho repetiu a estratégia do pai para outros 11 questionamentos da polícia.
O advogado Carlos Frazão, que faz a defesa de pai e filho, disse que vai entrar com pedidos cabíveis tanto em primeira quanto em segunda instância, se for o caso. "Angelo tem passagem por porte ilegal de arma de fogo, o que pesou para a decisão do juiz. Agora, o filho dele, Luiz Henrique, não tem passagem, o que pode beneficiá-lo no pedido de revogação da prisão preventiva", disse.
