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Capital

Juiz decide nos próximos dias destino de PRF que matou empresário

Justiça decidirá se há ou não provas da materialidade do crime, que podem levar o policial ao Tribunal do Júri

Luana Rodrigues | 15/08/2017 16:21
Ricardo Moon pouco antes de começar a ser ouvido em juízo, no dia 19 de abril deste ano. (Foto: Marcos Ermínio)
Ricardo Moon pouco antes de começar a ser ouvido em juízo, no dia 19 de abril deste ano. (Foto: Marcos Ermínio)

A decisão que levará ou não o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon ao Tribunal do Júri, será publicada pela Justiça nos próximos cinco dias. Moon matou a tiros o empresário Adriano Correia do Nascimento, após uma briga de trânsito, no dia 31 de dezembro do ano passado.

Em despacho desta terça-feira (15), o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, decidiu que dará celeridade ao processo, apesar de algumas pendências como a investigação sobre a presença de flambadores na caminhonete da vítima.

Garcete entendeu que a 'aparição' dos flambadores no veículo da vítima é um fato alheio aos tratados no processo e deve seguir seu rito normal próprio de apuração, ou seja, numa investiga extra, como já vem ocorrendo.

“Claro que a colocação criminosa desses flambadores no interior do veículo Toyota Hilux, quando se encontrava apreendido para realização de perícia, constitui fato gravíssimo, mas que constitui delito autônomo e que está sendo apurado em inquérito policial distinto. Ademais, a Corregedoria Geral da Polícia Civil também apura se há participação de servidores do Instituto de Perícias nessa teórica ilegalidade”, explicou o magistrado.

Ainda conforme o magistrado, o processo sobre a morte de Adriano deve retomar seu curso natural, com publicação de decisão se o réu será levado a júri (pronúncia) ou não (impronúncia) no prazo de até cinco dias.

Sobre o pedido feito pela mãe de Adriano, para que a Justiça devolvesse o veículo da vítima, o magistrado negou. Com base nos fundamentos que já apresentou em decisão passada, ele afirmou que o automóvel deve ser mantido como está, “com todas as perfurações dos projéteis para que, se for preciso, estar apto a qualquer tipo de perícia suplementar”.

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