Juiz decreta preventiva e manda para presídio suspeitos de matar Mayara
Em audiência com juiz, suspeito de matar Mayara reclama de fome e frio
Em audiência de custódia realizada nesta manhã (27) no Fórum, o juiz Ricardo Galbiati, converteu em preventiva a prisão dos três homens suspeitos de matar a golpes de martelo a musicista Mayara Amaral, 27 anos. Os três respondem por latrocínio e ocultação de cadáver.
Os três suspeitos, Anderson Sanches Pereira, 31 anos, Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, e Ronaldo da Silva Olmedo, 33 anos, serão levados para o Ptran (Presídio de Trânsito). Eles foram presos em flagrante no começo da tarde de ontem (26).
O juiz ouviu cada um separado. Questionado pelo magistrado se já tinha advogado, Anderson disse que não. “Eu nem sei o que está acontecendo”, respondeu o rapaz . Em seguida, Luís entrou na sala e ao ser informado que iria para o presídio, perguntou: “Posso ter mais de um advogado?”. Ele aproveitou para reclamar que desde quando foi preso não havia comido e sentiu frio durante à noite.
O último a ser ouvido foi Ronaldo. Ele nega o crime e diz que só iria vender o carro da jovem. “Pelo amor de Deus, eu não fiz nada disso”, lamentou ao juiz. Os três estavam em uma cela da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e devem ser levados para a penitenciária.
Caso - De acordo com o delegado Tiago Macedo, Luis, que é músico, disse que tinha um relacionamento com a vítima e combinou um encontro com ela no motel, por volta das 22h de segunda-feira (24).
Sem que a jovem soubesse, ele levou Ronaldo para o encontro. No local, os dois teriam mantido relação sexual com a moça, segundo os suspeitos, com o consentimento dela. Mas o plano da dupla era outro. Segundo o delegado, eles já haviam combinado de roubar o carro, um veículo Gol, e outros objetos da vítima, e depois assassiná-la. Quando Mayara percebeu a emboscada, tentou reagir, mas acabou morta.
Mayara foi espancada pelos dois homens até a morte. Depois disso, já na madrugada, eles colocaram o corpo dela no carro e partiram para casa de Anderson. Lá, o trio teria chegado a enterrar o corpo da moça no quintal, mas voltou atrás e, para não levantar suspeitas, acabou decidindo levá-lo para a região do Inferninho, que fica na saída para Rochedo, onde atearam fogo. Os três vão responder por latrocínio - roubo seguido de morte - e ocultação de cadáver.