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Capital

Juiz faz em setembro audiência de acusação a matador de Carla

Entre testemunhas contra o assassino confesso Marcos André Vilalba de Carvalho está a mãe da vítima

Marta Ferreira | 31/07/2020 13:41
O corpo de Carla coberto com a manta levada pelo pai dela, depois de ter sido achado nu e com sinais de violência brutal. (Foto: )
O corpo de Carla coberto com a manta levada pelo pai dela, depois de ter sido achado nu e com sinais de violência brutal. (Foto: )

Passou  nessa sexta-feira (31) à condição de réu por feminicídio, ocultação e vilipêndio de cadáver o assassino confesso de Carla Santana Magalhães, 25 anos, vítima de um dos crimes mais brutais ocorridos neste ano em Campo Grande. Um dia depois de apresentada a denúncia pela promotoria contra Marcos André Vilalba de Carvalho, 21 anos,  o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, recebeu a peça acusatória e marcou a primeira audiência.

No dia 8 de setembro, segundo o despacho dele, vão ser ouvidas as testemunhas de acusação, entre as quais foram relacionadas a mãe da vítima, Evanir Santana Magalhães, 58 anos,  que ouviu os gritos de socorro de Carla quando foi raptada da porta de casa por Marcos André. Também foi relacionado como testemunha de acusação o delegado responsável pelo inquérito, Carlos Delano, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

A audiência, prevista para ocorrer por videoconferência, vai ouvir mais seis pessoas, entre parentes e amigos da vítima e policiais que investigaram o crime.

Um mês – Preso de forma preventiva desde 14 de julho, Marcos André Vilalba de Carvalho, de 21 anos, cometeu o crime na noite do dia 30 de junho para 1º de julho.

Vizinho de muro da casa da família de Carla na Rua Nova Tiradentes, atacou a moça quando ela passava na rua para ir ao mercado comprar café, matou com golpes de faca de 30 centímetros e dormiu por dois dias com o corpo debaixo da cama. Antes disso, lavou o cadáver e cometeu necrofilia.

No dia 3 de julho, de madrugada, devolveu o cadáver, sem roupas, na varanda de um bar na esquina da mesma rua. O crime, sem exagero, foi um dos mais chocantes já registrados nos  últimos anos em Campo Grande.

Na confissão, em três etapas de interrogatório, a única motivação relata foi  um bom dia não respondido pela jovem.

Crimes - Marcos André foi acusado de homício qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e, ainda, feminicídio, em razão de menosprezo à condição de mulher.

A defesa recebeu prazo de 10 dias para apresentar-se manifestação prévia em favor do réu. A advogada dele, Michelli Gomes Francisco, já havia informado que estuda alegar insanidade mental. No processo, já foi protocolado pedido da família para nomear assistente de acusação, o advogado Fabio Trad Filho.

Marcos André está custodiado no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), na ala dedicada aos criminosos sexuais.

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