Luminol mostrou poça de sangue na casa do assassino da Carla
A olhos vistos - Relatado na semana passada à Justiça, o inquérito sobre a morte brutal de Carla Santana Magalhães, de 25 anos, tem imagem que impressiona, de quando foi feita a aplicação de luminol debaixo da cama do assassino, Marcos André Vilalba dos Santos, 21 anos, no dia da prisão dele, 14 de julho. A substância faz vestígios de sangue “brilharem” no escuro e, nesse caso, a cor azul ficou bastante evidente.
Memória seletiva – A peça investigatória mostra que o criminoso confesso, ao prestar depoimento à Polícia Civil, afirmou lembrar-se da roupa com que acordou, mas não de como matou a vítima. O documento até ontem estava sob análise do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para a apresentação da denúncia contra Marcos André.
Aqui não – Também estava em avaliação o pedido da defesa dele para transferência do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), para onde foi levado no dia 20 de julho. A alegação é de que, na chegada, mesmo no isolamento por causa do risco de contágio pela covid-19, o preso sofreu agressões físicas. A Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) nega.
Adequação - Após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que extinguiu o cargo de procurador de autarquias, o governo estadual começou a fazer a adequação das tarefas, inclusive designando muitos profissionais que trabalhavam nesta área para PGE (Procuradoria-Geral do Estado).
Regra - Entre as regras que entraram em vigor, os processos jurídicos que eram conduzidos por estes profissionais (procurador de autarquia) até o dia 13 de julho, vão continuar com eles em "regime de transição", para que não haja prejuízo ao erário.
Decisão - Esta mudança ocorre depois que o STF definiu que este cargo (procurador de autarquia) é inconstitucional, já que quem deve fazer a defesa jurídica dos órgãos e autarquias do Estado é a PGE, por isso a função será extinta em Mato Grosso do Sul.
Tentativas - A defesa do policial federal afastado Everaldo Monteiro de Assis prossegue com as tentativas para que os processos contra ele, preso desde setembro na operação Omertà, fiquem com a Justiça Federal. Os primeiros pedidos datam de dezembro do ano passado.
Habeas corpus - A defesa do PF é feita pelo escritório de Odilon de Oliveira, que é juiz federal aposentado e foi candidato ao governo. Durante a campanha eleitoral, Everaldo fez parte da segurança de Odilon. O pedido de habeas corpus foi apresentado na semana passada ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e, diante da negativa, teve a solicitação renovada no último sábado, durante plantão judiciário.
Máfia do Cigarro - O vice-presidente do Tribunal de Justiça vai decidir qual desembargador vai julgar os pedidos da defesa do tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, preso em maio na operação Avalanche, mais uma fase da Oiketicus. Para a defesa, o processo em segundo grau deve ser de livre distribuição.
Propina - Josafá Dominoni foi investigado no período em que esteve no Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual. A denúncia vincula o oficial a trecho que cita a saída de R$ 20 mil para “acerto domi pre”.