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Capital

Juiz mantém prisões de PMs suspeitos de agredir adolescente de 15 anos

Viviane Oliveira | 21/01/2016 11:59
Policiais Civil e Miliar protestaram hoje de manhã em frente ao Fórum contra prisão de PMs. (Foto: Marcos Ermínio)
Policiais Civil e Miliar protestaram hoje de manhã em frente ao Fórum contra prisão de PMs. (Foto: Marcos Ermínio)

A Justiça converteu em preventivas as prisões provisórias de três policiais militares detidos em flagrante pela Corregedoria da corporação, após denúncia de agressão a um adolescente de 15 anos, na tarde da última terça-feira (19).

A audiência de custódia, presidida pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara dos Direitos Difusos, foi realizada nesta manhã (21), no Fórum da Rua da Paz. O advogado Laudo César Pereira, da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), que acompanha o caso, informou que o Ministério Público foi favorável ao relaxamento da prisão.

"Os promotores destacaram a conduta do adolescente, que tem várias passagens por atos infracionais, porém ainda assim o juiz converteu a prisão em preventiva", lamenta.

Agora, a decisão vai para a auditória da Polícia Militar. O advogado Deiwes Bosson Nantes, que integra a assessoria jurídica da ACS, adiantou que vai impetrar habeas corpus no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para tentar a liberdade aos policiais. Hoje de manhã, centenas de policiais Militares e Civis protestaram em frente ao Fórum, contra a prisão dos três PMs.

O caso - Três policiais miliares, da Força Tática do 1º Batalhão, foram presos pela Corregedoria da Polícia Militar, após perseguição a dois homens em uma motocicleta, na tarde da última terça-feira, no Jardim Imá, em Campo Grande. Eles foram autuados em flagrante por lesão corporal dolosa e encaminhados para o Presídio Militar.

Segundo o tenente-coronel José Gome Braga, corregedor adjunto da PM, os policiais prestaram depoimento e negaram a denúncia de agressão. O adolescente tem vários registros de atos infracionais. O advogado Laudo diz que a prisão é arbitraria e não há provas contundentes contra os militares.

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