Juiz põe 10 oficiais para notificar todos os integrantes de “rolezinho”
O juiz da 4ª Vara Cível de Campo Grande, José Rubens Senefonte, determinou, por meio de liminar, que 10 oficiais de Justiça acompanhem o “rolezinho” no Shopping Campo Grande. Eles deverão notificar todos os participantes do movimento, que tem o objetivo de protestar contra a discriminação.
O Shopping Campo Grande havia solicitado ao magistrado a fixação de multa de R$ 50 mil para quem participasse do ato no domingo, a partir das 16h20. No entanto, o magistrado fixou multa de R$ 1 mil por dia, com o limite máximo de 15 dias.
Além de proibir o “rolezinho”, o magistrado concedeu o interdito proibitório para garantir o funcionamento do estabelecimento comercial no domingo. Geralmente, no domingo, funciona a praça da alimentação, o setor de brinquedos e os cinemas.
O BR Malls, que administra o shopping, havia solicitado ainda a presença da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal dentro e fora do centro comercial para garantir a segurança dos consumidores, dos comerciários e lojistas. No entanto, o magistrado só determinou a mobilização da PM para garantir a segurança dos 10 oficiais de Justiça, que vão ficar nos acessos ao Shopping Campo Grande e notificar todos os participantes do “rolezinho”.
Na liminar, Senefonte proíbe os participantes do movimento de depredar as lojas, promover tumultos, algazarras, vandalismo, uso de equipamento de som em volume excessivo e não interferir no real funcionamento do shopping.
Até hoje, 1,2 mil pessoas já confirmaram participação no “rolezinho” no Shopping Campo Grande a partir das 16h20 de domingo. No entanto, na página do grupo no Facebook, eles destacam que são contra algazarras e atos de vandalismo.
“Um salve pra quem curte dar um rolê firmeza e ainda expor as contradições hipócritas da elite brasileira racista! Que o bonde seja formado, pois o rolezinho nos espera! Xora burguesia! Kkkkkkk”, destacam os organizadores. E arrematam: “CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA! RACISMO NÃO! É nóis que luta.”