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Capital

Juíza descarta provas em celulares contra Marquinhos por considerar ilícitas

Despacho foi publicado no Diário da Justiça e magistrada determina que material seja excluído da ação

Por Ana Paula Chuva | 08/06/2024 13:06
Ex-prefeito Marquinhos Trad em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Arquivo | Marcos Maluf)
Ex-prefeito Marquinhos Trad em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Arquivo | Marcos Maluf)

A juíza Eucélia Moreira Cassal reconheceu como ilícita a prova pericial produzida em dois aparelhos celulares contra o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad. A análise foi feita em ação por assédio sexual e o despacho foi publicado no Diário da Justiça de sexta-feira (7).

Em dezembro de 2022, a magistrada determinou a quebra de sigilo de dados do acusado. Na época, a decisão foi contestada pela defesa de Marquinhos no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). No dia 16 de março de 2023, despacho foi publicado indeferindo o recurso das advogadas do ex-prefeito.

Porém a perícia ficou restrita às conversas com as oito vítimas da ação, em todas as redes sociais e aplicativos, sendo proibida o uso de qualquer conteúdo de outros contatos. Os peritos foram designados pela Deam (Delegacia Especialidade de Atendimento à Mulher) deveriam especificar quais aparelhos seriam acessados.

Na decisão de sexta-feira, a juíza da 3ª Vara Criminal de Campo Grande acolheu o pedido da defesa com parecer ministerial favorável e reconheceu a “ilicitude da prova pericial produzida”, com isso, determinou que as análises nos aparelhos sejam consideradas nulas e devem ser excluídas do processo.

Conforme apurou o Campo Grande News, as provas que foram consideradas ilícitas foram encontradas nos aparelhos celulares de duas vítimas.

Denúncia - O caso veio à tona logo depois de Trad lançar a candidatura ao governo do Estado. As investigações contra o ex-prefeito começaram em agosto de 2022, após acusações feitas por quatro mulheres: duas de 32 anos, outra de 31, e uma mais jovem, de 21 anos.

Os casos teriam ocorrido a partir de 2003. Marquinhos Trad admitiu relações extraconjugais, mas negou crime. A responsável pelo caso foi a delegada Maíra Pacheco, adjunta da Deam. No decorrer da apuração, foram investigados 16 relatos de mulheres que alegaram terem sido assediadas pelo ex-prefeito.

Algumas foram arquivadas ou trancadas na fase de inquérito e sete chegaram à Justiça, em 9 de novembro de 2022. Hoje, no despacho do Diário da Justiça, consta o nome de mais uma vítima, sendo oito casos avaliados. Em fevereiro do ano passado, a Justiça determinou o sigilo externo dos processos. A defesa do ex-prefeito fez o pedido após vazamento de informações das investigações.

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