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Capital

Ex-servidor é ouvido pela Justiça sobre coação em processo de assédio sexual

Com tornozeleira eletrônica desde que deixou a prisão, Victor Hugo da Silva foi intimado para audiência hoje

Caroline Maldonado | 18/04/2023 12:00
Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva em foto publicada na internet (Foto: Reprodução/Facebook)  
Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva em foto publicada na internet (Foto: Reprodução/Facebook)

Preso em agosto de 2022 e solto sete meses depois com tornozeleira eletrônica, o ex-servidor da Prefeitura de Campo Grande, Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva, de 36 anos, foi intimado para audiência nesta terça-feira (18), às 13h30. Ele é réu por suposta coação durante o processo que investiga denúncias de assédio sexual na prefeitura.

Victor também é acusado de crimes de favorecimento à prostituição dentro do órgão, em processo que investiga também denúncias contra o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), feitas em 2020.

Duas vítimas do processo relataram que, no dia 18 de julho de 2022, foram procuradas pelo ex-servidor que as convidou para uma reunião em seu lava a jato. No dia 22, se encontraram e ele mandou as mulheres desligarem os celulares e deixar as bolsas para fora do escritório, conforme os relatos.

Elas contaram à Justiça que foram coagidas a desistir da denúncia e "deixar para lá, já que tinham família, amigos e filhos e que a investigação demoraria dois anos no mínimo, não daria em nada e ainda exporia a imagem delas”.

Imagens de um cartório da Capital, de julho de 2022, mostram o ex-servidor chegando ao local com uma das vítimas que era coagida para mudar a versão de seu depoimento. Com isso, um novo processo foi aberto para investigar as denúncias de coação. O caso segue em segredo de Justiça.

Outros processos - Victor é réu também em processos por estelionato e furto qualificado. Numa das denúncias, oferecida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) no dia 22 de junho deste ano, ele é acusado de lucrar R$ 25.978,05 com a “venda” de casas que supostamente seriam da administração municipal. A outra acusação aponta que o ex-funcionário público teria obtido outros R$ 14 mil com o mesmo golpe.

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