Júri absolve homem que matou a tiros durante cobrança de dívida
Douglas foi condenado por porte ilegal de arma e deverá prestar serviços comunitários
O auxiliar de serralheiro Douglas Felipe Ferreira de Albuquerque, 29 anos, julgado hoje (7) em Campo Grande, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, foi absolvido do crime de homicídio qualificado. Ele era acusado de matar Leo Valdez de Souza, em 2014, após ter sido agredido com tapa quando havia cobrado uma dívida de R$ 350 e acreditou que seria ferido.
Ambos começaram a discutir quando o pagamento foi de R$ 100. Depois disso, Leo teria dado um tapa no outro e colocou a mão na cintura. Por isso, Douglas revidou. “Eu peguei a arma e saí atirando”, lembrou. O réu disse que nunca foi ameaçado pela vítima. “Eu não tinha intenção, foi pelo momento do tapa na minha cara, pelo que ele falou”, contou.
Ainda durante o julgamento Douglas foi condenado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Neste caso, foi fixada pena mínima de 2 anos, porém como o rapaz não tem antecedentes, a pena foi substituída para restritiva de direito como prestação de serviço comunitário, além de multa de 10 salários mínimos.
O serralheiro Oreliuço Nunes Camargo, 50 anos, este, por crime de favorecimento pessoal. Ele havia emprestado o celular à Douglas e dado carona para ele até a casa da vítima. Em julgamento afirmou que não sabia o que o amigo faria. “Não sabia que ele ia matar ninguém, tanto que nem vi, estava tirando medidas de um serviço na hora”, contou. Depois da morte, o aconselhou a se entregar. Confessou que o ajudou na fuga, mas por medo que “se ele ficasse lá, iria acontecer outra tragédia”. Os jurados acataram o pedido da defesa e absolveram Oreliuço.