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Capital

Júri leva em conta 'surto' e condena lutador a 10 anos por assassinato

Rafael Martinelli foi julgado nesta quinta-feira (27)

Luana Rodrigues e Adriano Fernandes | 27/04/2017 18:14
Rafael Queiroz, durante seu julgamento nesta terça, no Fórum de Campo Grande. (Foto: André Bittar)
Rafael Queiroz, durante seu julgamento nesta terça, no Fórum de Campo Grande. (Foto: André Bittar)

Depois de 12 horas de julgamento, o lutador de jiu-jitsu Rafael Martinelli Queiroz, 29 anos, foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado, no fim da tarde desta quinta-feira (27), por matar Paulo Cézar de Oliveira, 49, espancado até a morte em um quarto de hotel na noite do dia 18 de abril de 2015, em Campo Grande.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, considerou Rafael culpado pela acusação de homicídio doloso - quando há intenção de matar, com os agravantes de crueldade e impossibilidade de defesa da vítima.

No entanto, Garcete levou em conta argumentos e provas apresentados pela defesa de que o lutador era semi-imputável, ou seja, não tinha plena consciência dos próprios atos no momento do crime.

Por conta disso, a pena do lutador, que poderia chegar a 15 anos de prisão com a soma dos agravantes, foi reduzida para 10 anos. “Estou aliviada e tenho certeza que os pais e irmãos dele (Paulo) também. Entendo que também é uma situação de muito dor para a família do Rafael. Mas, nós somos responsáveis pelos nossos atos, então temos que pagar por eles”, disse a esposa do engenheiro, Juliana Araujo, 40 anos.

O júri foi composto por sete pessoas, sendo cinco mulheres e dois homens. No banco dos réus, o lutador que está visivelmente mais gordo, só participou do início do julgamento.

Ele não acompanha os depoimentos. Rafael tem quase dois metros de altura e na época pesava 140 quilos. Já a vítima pesava cerca de 70 quilos e tinha 1,68 metro de altura.

Rafael terá que arcar com as custas do processo, mas poderá cumprir pena em sua cidade de origem, caso a defesa solicite a transferência.

Crime - O lutador é de Valparaíso (SP) e veio a Campo Grande para participar de um evento de lutas realizado no Círculo Militar. Porém, não competiu na noite de sábado (18 de abril), como era previsto, e foi para o hotel, na Avenida Afonso Pena, por volta das 22h.

Queiroz foi até o quarto 221, onde estava hospedado com a namorada, de 24 anos, quando teve início uma discussão envolvendo traição. Ele bateu na mulher que, amedrontada, fugiu pelos corredores e pediu socorro na recepção. Ela estava gestante.

Ao sair enfurecido do quarto, Queiroz destruiu tudo o que encontrou pela frente, até se deparar com o engenheiro Paulo Cézar que havia acabado de abrir a porta de seu apartamento, o 216, para ver o que estava acontecendo. A vítima, que era de Batatais (SP), foi morta espancada e a cadeiradas.

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