Liminar determina urnas separadas e “trava” eleição na Santa Casa
Associado pediu diferenciação entre listas de votantes e, por isso, resultado não vai ser conhecido de imediato
Liminar concedida neste sábado (11) determina urnas separadas e suspende a apuração de votos na eleição que vai renovar metade do quadro de conselheiros da ABCG (Associação Beneficente da Santa Casa de Campo Grande). A decisão atendeu pedido de integrante da chapa Gestão Sustentável e de Transparência, Mario Antonio Cavinatto de Mello.
Mello recorreu ao Judiciário atribuindo irregularidades à chapa concorrente, do grupo do atual presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento. Entre elas, está o envio de vídeos supostamente institucionais por WhatsApp que promovem a atual gestão, a entrega de medalhas. O pedido de liminar contesta, ainda, a escolha dos responsáveis pela apuração.
O conselheiro ainda questionou a disponibilidade de três listas, no período de 1º a 9 de novembro, que divergem sobre o número de associados adimplentes. Uma lista tem 126 nomes, a outra 121 e a terceira 172 nomes de aptos a votar. O documento, nesse caso, deveria ser entregue finalizado no registro das chapas no início do mês.
Acatando alternativa do uso de duas urnas, para separar nomes informados fora do prazo, o juiz plantonista Thiago Nagasawa Tanaka decidiu pela continuidade da eleição, “ficando impedida a apuração das urnas até decisão judicial acerca da validade dos votos”.
Eleição – Com repasse mensal de R$ 20,3 milhões do SUS (Sistema Único de Saúde), a nova diretoria da Santa Casa é definidade depois da renovação de nove dos 18 conselheiros da entidade, responsáveis por indicar o próximo presidente para o biênio 2018/2019.
Integrantes da Chapa 2, intitulada Centenário da Santa Casa, estão alinhados com a reeleição do advogado e ex-promotor Esacheu Nascimento no comando da entidade.
São candidatos as nove vagas de conselheiro Alcides dos Santos, Antônio Moraes Ribeiro Neto, Carlos Ricartes de Oliveira, Cesar Quintas Guimarães, Gracita Hortência dos Santos Barbosa, Ivan Araújo Brandão, Marcos Alceu da Silva Villalba, Oscar Augusto ViannaStuhrk e Tiago Souza Campos e Martins. O mandato, se eleitos, é de dois anos.
A Chapa 1, denominda Gestão Sustentável e de Transparência, busca por sua vez elevar ao comando do hospital o economista Alfredo Sulzer, que já ocupou a vice-presidência.
Sua base é composta por Antônio Carlos Mantero Espíndola, Antônio Urban Filho, Gete Ottaño da Rosa, Hélio Gustavo Bautz Dallacqua, Mário Antônio Cavinatto de Mello, Márcio Sorge Macedo, Nelson Pinato, Ricardo Augusto Bacha e Valdir Osvaldo Junior.