Locais públicos e turísticos são marcados pelo vandalismo
Centro, bairro, não importa onde você vá em Campo Grande, você vai encontrar depredações. As principais são os muros pichados, mas há também partes de pontos turísticos abandonados e destruídos.
Na Orla Morena, bairro Cabreúva, as pichações muitas vezes se emaranham entre grafites e confundem a cabeça de quem vê, que não sabe mais o que é arte e o que é criminalidade.
Próximo a pista de skate, além da própria pista, os muros dos fundos da Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado foi completamente tomado pelas pichações, que vão desde sinais estranhos até palavrões e ofensas direcionadas a grupos ou determinadas pessoas.
Ainda na Orla Morena, mais depredação. Em um dos espaços com estruturas de pergolado e bancos, as pichações também tomaram conta dos muros artísticos construídos ali.
Segundo o presidente da Associação dos Amigos da Orla Morena, Ricardo Sanches, são feitas campanhas em colégios para conscientizar os jovens a não pichar, e também projetos junto a grafiteiros para desestimular a pichação. Recentemente, alguns pontos da Orla Morena foram pintados, mas logo pichados novamente.
“A gente pede que tenha mais fiscalização para evitar tal situação. A gente pede para pintar, mas se não houver fiscalização, não tem como evitar que isso aconteça. Mas o que dificulta e deixa todos de mão atadas é a lei é branda com quem faz isso”, opina Ricardo.
Centro da Capital - Já no centro de Campo Grande, o que não falta são locais pichados. São muitos, com diferentes símbolos, formatos de letra, e até cores.
Muros de casas, prédios públicos, construções, fachadas e portas de lojas, tudo serve de “painel” para os pichadores, que conforme apurou a reportagem, podem se tratar de uma disputa recente entre três gangues da cidade.
Próximo ao Mercadão Municipal, no cruzamento da rua 26 de Agosto com a Anhanduí, nem a altura é do edifício construído ali é empecilho para a depredação. Logo lado, o muro do colégio Osvaldo Cruz também foi pichado.
Entre uma pichação e outra no caminho, a reportagem foi até a Praça dos Imigrantes, no cruzamento da Joaquim Murtinho com a rua Rui Barbosa. Lá, as grades dos box de venda de artesanatos também estão todas pichadas. Os símbolos sem nexo, segundo revelou uma pessoa que trabalha com a segurança da região, estão lá há pelo menos quatro anos.
Perto dali, na Joaquim Murtinho, há várias pichações em muros de casas, todas com símbolos semelhantes aos de outros locais da Capital. A fachada da loja do Paulistão da Rui Barbosa está toda pichada.
Já na Orla Ferroviária, há poucas pichações na parte em que cruza a rua Dom Aquino. Alguns lugares contam com lixeiras, enquanto em outros há os suportes e as tampas, mas não há os cestos.
Destruição na Cidade do Natal – O ponto turístico que encanta muitos durante o Natal, definitivamente, está abandonado e a mercê de vândalos. Várias estruturas dos quiosques estão danificadas e as cercas de madeiras e muretas de concreto da entrada foram quebradas.
No interior da casa do Papai Noel, há desde vidros de janelas quebrados até garrafas de bebidas alcoólicas. Para entrar no local, os vândalos quebraram a porta, arrancando a fechadura.
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