Mais três aprovadas em concurso vão à Justiça para anular teste que seria ilegal
Duas candidatas foram aprovadas na prova escrita
Mais três candidatas aprovadas no concurso para agente de saúde, da Prefeitura de Campo Grande, entraram na Justiça contra a exigência de teste físico. A prova, considerada ilegal, também é objeto de uma recomendação do MPE-MS (Ministério Público Estadual), que pede sua anulação, sob o argumento de o teste não está previsto na legislação municipal e não condiz com as exigências do cargo.
Em uma mesma ação, as três candidatas aprovadas pediram ao município a isenção do teste, alegando não ter condições para cumpri-lo. Um das aprovadas está grávida e outra é lactante – elas se classificaram em primeiro e quarto lugar na prova escrita. Mesmo assim, tiveram de fazer a prova, pois se não fizessem estariam automaticamente excluídas do processo.
O teste incluía o levantamento de peso com 25 quilos, corrida de 12 minutos e teste de 150 metros com bicicleta, somente para o cargo de agente comunitário de saúde. O edital prevê que a prova é eliminatória, ou seja, uma vez o candidato reprovado ele fica impedido de disputar as próximas fases, mesmo que tenha sido aprovado na prova escrita.
Na ação, o argumento é de que exigir o teste físico de um profissional “que percorre as ruas do bairro onde mora, visitando residências, fazendo relatórios” é abusivo. A convocação dos aprovados deve ocorre no fim de maio, por isso, a necessidade é que a Justiça decida urgentemente, traz a ação, pois as reprovadas no teste físico correm o risco de perderem as respectivas vagas.
À Justiça, as candidatas pedem que duas delas – gestante e lactante – sejam nomeadas nos cargos ou suas vagas sejam reservadas e a terceira fique no cadastro reserva, levando em consideração que ficou em 14º lugar na prova escrita.