Manifestantes a favor da prisão em 2ª instância protestam em frente ao MPF
Grupo pedia celeridade na votação da PEC sobre o tema, que atualmente tramita na Câmara dos Deputados
Cerca de 80 manifestantes a favor da prisão após condenação em segunda instância, se reuniram em protesto, no final da tarde deste domingo (08) em frente a sede do MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena.
Além da celeridade na votação da PEC (Proposta de Emenda a Constituição) que trata sobre o tema, o grupo também pedia a aprovação do pacote anti-crime proposto pelo juiz Sérgio Moro e a extinção do fundo eleitoral.
“A população tem que ficar atenta às falcatruas do congresso. Nossa constituição existe desde 1988 e só agora derrubam a prisão de condenados em 2ª instância. Só foi para soltar um dos maiores ladrões desse país”, comentou o guia de turismo Elio Roque da Silva, de 70 anos, a respeito da soltura do ex-presidente Lula, um dos beneficiados com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Para o engenheiro civil Luiz Spengler, de 60 anos, extinguir o fundo partidário é uma forma de diminuir a corrupção na política. “Entendemos que os políticos devem conseguir seus votos por mérito próprio, pela sua competência. Não há justificativa para essa grande quantia de dinheiro sendo liberada nas eleições, dinheiro que muitas vezes é desviado e usado em benefício próprio do candidato”, opinou.
Segunda a organização, o protesto começou com passeata desde Obelisco e reuniu cerca de 150 pessoas, mas perdeu manifestantes ao final. Participaram integrantes de movimentos como o Chega de Impostos, Nas Ruas e QG Voluntários do Brasil.
“Estamos tentando despertar a brasilidade, a cidadania das pessoas para que elas também participem desse movimento que existe desde 2013”, comentou a advogada Mirian Gimenez, representante do Chega de Impostos.
Vestidos de verde e amarelo, com cartazes e bandeiras os manifestantes também pediam apoio ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros Paulo Guedes e juiz Sérgio Moro. Protestos como o de hoje na Capital, também ocorreram em maior proporção no Rio de Janeiro e São Paulo.
PEC
O projeto de lei que autoriza a prisão após condenação em segunda instância, será votada na próxima terça-feira (10) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A proposta é terminativa na Comissão, ou seja, depois de aprovada na CCJ, pode ser encaminhada direto para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação em Plenário. Na Câmara, a proposta deve ser votada em março, conforme afirmou o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ),nesta sexta-feira (06).