Marquinhos pede 'fique em casa' e se desculpa com igrejas e comércio
Em transmissão ao vivo, prefeito desculpou-se com lideranças evangélicas e comerciantes
Em mais uma transmissão ao vivo feita no Facebook neste sábado (28), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) repetiu mais de meia dúzia de vezes a expressão 'por favor', pedindo as pessoas que fiquem em casa, para evitar o aumento de casos de novo coronavírus em Campo Grande.
Além de confirmar pelo menos mais uma semana de quarentena contra a pandemia, até o dia 6 de abril, o prefeito usou a live para arrefecer os ânimos com dois setores: empresários que protestaram com buzinaço e carreata na Avenida Afonso Pena e ainda pastores evangélicos que ficaram revoltados com declaração de Marquinhos de que as igrejas não são essenciais..
'Eu errei. Satanás usou meus lábios', afirmou. Depois, disse já ter pedido desculpas, durante entrevista ao vivo na tv, mas que estava novamente se retratando com os pastores.
'A igreja é importante, já salvou minha família' disse o mandatário, que frequenta a Igreja Ministério Atos de Justiça.
Marquinhos também disse ter ficado chateado consigo mesmo por ter subido o tom em relação ao buzinaço feito na Avenida Afonso Pena, na sexta-feira, voltando a justificar que bloqueou a via em razão da presença de hospital próximo e de entidade que atende cegos.
Ainda assim, o prefeito ressaltou a importância de evitar movimentações. Uso a expressão em inglês "home sweet home", lar doce lar, para dizer que o melhor a fazer é ficar em casa contra a doença.
O prefeito disse que a situação poderia estar pior se não tivesse adotado medidas até mesmo antes de outras cidades mais afetadas pela doença. "Ainda bem' disse sobre as decisões . Ele comentou ter conversado com o primo, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, e ter sido cumprimentado por decidir pelas restrições.
O prefeito, que se reuniu com empresários pela manha, disse que shoppings vão continuar fechados e que lotéricas e igrejas vão abrir na segunda-feira, por determinação de decreto do governo federal. A medida já foi derrubada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, mas a decisão só vale quando houver notificação.