Marquinhos pede R$ 60 milhões à União para custeio de hospitais
Prefeito apresenta solicitação ao ministro Carlos Marun, que também foi cobrado por compromisso de ex-ministro da Saúde para aporte de R$ 6 milhões no Hospital do Trauma
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) solicitou nesta quarta-feira (4) ao ministro Carlos Marun (Governo) o aumento em R$ 60 milhões do valor do repasse anual da União para a saúde de Campo Grande. A solicitação ocorreu durante reunião em Brasília da qual também participou o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Marcelo Vilela.
Anualmente, Campo Grande recebe pouco mais de R$ 366 milhões para procedimentos de média e alta complexidade, executados em hospitais conveniados. Marquinhos afirmou que o teto não tem sido suficiente para absorver a demanda de atendimento, que cresce exponencialmente. Como resultado, enfermarias das unidades de urgência e emergência acabam lotadas.
Com os R$ 60 milhões a mais, o prefeito disse que poderá dar maior suporte financeiro a hospitais conveniados, como a Santa Casa de Campo Grande. Desde 2017, quando entrou em operação a Central Municipal de Regulação para unidades conveniadas, foi apontado que a cidade tem um deficit de 120 leitos.
“Essa ampliação no teto de custeio com verbas federais vai permitir a redução dessa falta de leitos”, disse Marquinhos, que se disse otimista com a promessa do ministro em manter o esforço para atender o pedido.
Trauma – Durante o encontro, Marquinhos também solicitou o cumprimento de compromisso do ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros, firmado em março, de direcionar R$ 6 milhões para o custeio do Hospital do Trauma. Sem os recursos, a unidade aguarda desde maio para entrar em operação.
O Hospital de Urgência e Trauma funciona em prédio anexo à Santa Casa, com 100 leitos de internação, dez UTIs (unidades de terapia intensiva) e cinco salas cirúrgicas, entre outras estruturas. Ele foi oficialmente inaugurado em abril com a promessa de, no mês seguinte, iniciar os atendimentos. A Santa Casa pede pelo menos R$ 10 milhões para a operacionalização da unidade.
A obra foi retomada em 2016, com aporte de R$ 8,4 milhões, sendo R$ 1,6 milhão do governo estadual, R$ 2,5 milhões do Ministério da Saúde, R$ 3,2 milhões da prefeitura e R$ 890 mil da Associação Beneficente de Campo Grande, mantenedora da Santa Casa –que precisou investir mais R$ 4 milhões para readequar o projeto estrutural inicial da unidade.
Marun também recebeu pedido para reposição de ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Em 2017, a gestão municipal contabilizava nove veículos e, com reparos e outras ações, conseguiu chegar a 13, mas seriam necessárias pelo menos 20 ambulâncias para o Samu.