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Capital

Matagal toma conta até de escola vizinha de secretaria municipal

Vizinhos de escolas questionam falta de limpeza e manutenção que persistem após início das aulas

Silvia Frias e Mariely Barros | 09/02/2023 11:22
Matagal na parte interna do prédio da Escola Leire Pimentel de Carvalho. (Foto: Henrique Kawaminami)
Matagal na parte interna do prédio da Escola Leire Pimentel de Carvalho. (Foto: Henrique Kawaminami)

As aulas na Reme (Rede Municipal de Ensino) voltaram ontem e o mato alto ainda faz parte da paisagem de algumas escolas em Campo Grande, até do imóvel que fica na mesma rua da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), órgão que também pode executar limpeza e manutenção dos prédios públicos.

A comerciante Sônia Cristina Mendes, 47 anos, tem filho que está na 4ª série da Escola Municipal Professora Leire Pimentel de Carvalho Corrêa, no Jardim Colibri, e diz que a última vez que viu equipes de limpeza no local foi antes das férias escolares de 2022. “Parece que está até abandonada, tá bem feio”, disse. “Ontem até brinquei, vão perder as crianças dentro desse mato”.

Matagal no entorno do prédio, incômodo também para quem usa ponto de ônibus. (Foto: Henrique Kawaminami)
Matagal no entorno do prédio, incômodo também para quem usa ponto de ônibus. (Foto: Henrique Kawaminami)

Além do matagal, há outro incômodo. Sônia tem loja de roupas na Rua Estanislau Pannatier, uma das vias no entorno da escola, e diz que a quantidade de mosquitos aumenta quanto o mato na área está alto. “Tem até sapo aqui”, contou.

A escola fica a poucos metros da sede da Sisep, a secretaria responsável pela limpeza. “Não sei o porquê dessa situação, a secretaria é do lado daqui”, reclamou. “Eles falam que é por causa da chuva, acho relaxismo mesmo, porque chove e depois já tem sol”, criticou.

Escola Arlene Marques Almeida, no Jardim Canguru, mato alto e cara de abandono. (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola Arlene Marques Almeida, no Jardim Canguru, mato alto e cara de abandono. (Foto: Henrique Kawaminami)

A dona de casa Maria Cecília Palmeira, 59 anos, mora na lateral da escola, na Rua Conde do Pinhal. “Nesse mato tem barata, rato e muito pernilongo”. O filho já foi aluno há 5 anos e a situação era diferente. “Vinham limpar duas vezes por ano, esse ano ainda não vieram”.

Maria também conta que teve invasão de vândalos no local, já que não há guarda patrimonial. “Qualquer um pode entrar a hora que for”, comentou. Na lista, ainda constam problemas estruturais, como muro rachado e grande árvore, que acredita ter risco de cair.

A reportagem também passou pelas ruas do entorno da Escola Municipal Professora Arlene Marques Almeida e do Emei Engenheiro Valdemir Corrêa de Resende, ambos no Jardim Canguru. A situação é semelhante ao que foi encontrado na instituição do Jardim Colibri.

Outra escola que esta manhã também estava com mato alto, tanto na parte interna quanto no entorno, era a José Mauro Messias, na Moreninha 4. A dona de casa Ivone Rodrigues Pereira, 40 anos, recebeu imagens da chegada da neta Agatha, de 6 anos, na escola, pouco antes das 7h. “Minha neta fica na salinha no final, atrás do palco, o mato tá em volta da classe dela”, reclamou.

Mato alto também foi encontrado na Emei Engenheiro Valdemir Correa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mato alto também foi encontrado na Emei Engenheiro Valdemir Correa. (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo Ivone, muitos pais reclamaram da situação e a informação é que a limpeza seria feita até o fim da semana. Hoje, mais tarde, a reportagem foi ao local e constatou que a grama estava sendo cortada e a limpeza executada.

A reportagem pediu retorno da Sisep sobre a limpeza das outras escolas citadas. A assessoria diz que pode executar os serviços, desde que convocada pela Semed (Secretaria Municipal de Educação), responsável direta pela manutenção. A Sisep efetuou limpeza de 97 escolas e irá fazer de mais 10 instituições após o início das aulas.

Em nota, a prefeitura informou que a Semed está executando os serviços de manutenção nas unidades escolares da Reme.

A prefeitura alega que as equipes de manutenção mantêm trabalho contínuo de limpeza, roçada, podas de árvores e pequenos reparos durante todo o ano letivo. “Devido a fortes chuvas no mês de janeiro, a logística de trabalho das equipes foi prejudicada, mas reiteramos que todas as unidades escolares estão recebendo diariamente, de acordo com a logística das equipes, as devidas manutenções”, finalizou.

Escola José Mauro Messias, na Moreninha 4, passou por manunteção esta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola José Mauro Messias, na Moreninha 4, passou por manunteção esta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)


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