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Capital

Mecânico usa pneus na construção de "fossa séptica" no Noroeste

Ideia é usar a fossa até a chegada da rede de esgoto na rua onde mora, mas alternativa é inadequada

Por Kamila Alcântara | 25/03/2024 10:07
Pneus reciclados em fossa séptica no Jardim Noroeste (Foto: Direto das Ruas)
Pneus reciclados em fossa séptica no Jardim Noroeste (Foto: Direto das Ruas)

Em um buraco com 3 metros de profundidade, o mecânico Barba, de 65 anos, reaproveitou pneus na construção da estrutura de uma fossa séptica para sua casa, no Jardim Noroeste, região norte de Campo Grande.

Segundo ele, que não quis se identificar, a ideia é um improviso para aguardar a chegada da rede de esgoto na região. "Paguei apenas para abrir o buraco, já que consegui os pneus doados da borracharia. Fui colocando um por cima do outro, deixando os espaços para a água sair", explica o mecânico.

A opção do pneu foi a escolhida pois ele acredita que é mais segura do que as manilhas de concreto, por exemplo. "As manilhas têm pequenos furos, que com o tempo de uso, nossos dejetos vão fechando os buracos e rapidamente entopem e causam problemas", defende.

A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) alerta, no entanto, que a alternativa de Barba não é a melhor opção. Em nota, explica que o projeto de tanques sépticos deve considerar não apenas a contenção adequada dos efluentes, mas também a devida retenção do lodo, a produção de espuma, o sistema de eliminação dos gases da digestão de esgoto e os aspectos referentes à durabilidade e à manutenção.

Por esse motivo, o uso de pneus é inadequado, avalia a secretaria. "O formato pode acarretar na formação de zonas mortas que afetam a degradação do efluente, além de dificultar o dimensionamento adequado. Além disso, sua manutenção tende a ser mais complexa e onerosa devido à resistência do material e à dificuldade de acesso para inspeção e limpeza".

A Semadur conclui que a fossa séptica, quando construída dentro dos parâmetros de segurança, consiste na solução básica para a preservação da qualidade da água subterrânea e para a proteção da saúde humana em regiões não providas de rede de esgoto.

Sobre o projeto de instalação da rede de esgoto na rua do mecânico, a informação da Águas Guariroba sobre a região onde ele mora, entre as ruas Atômica, Evaristo da Veiga e Vaz de Caminha, não está incluída no cronograma deste ano.

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