Médicos suspeitam que bebê atropelado está com morte cerebral
Sinais neurológicos indicam condição irreversível e estão sendo feitos exames para detectar quadro
O bebê de dez meses atropelado pela irmã de 12 anos em Nova Andradina, a 300 km de Campo Grande, está com suspeita de morte cerebral. A criança está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica do Hospital Universitário de Dourados.
Segundo a assessoria de imprensa do HU, um protocolo de morte encefálica foi aberto depois que o paciente teve deterioração do quadro neurológico.
A vítima foi internada no HU, na terça-feira (20), em estado crítico, com traumatismo cranioencefálico gravíssimo e depressão severa do sistema nervoso central, de acordo com a assessoria de imprensa. Neste momento, a criança permanece sedada e respira por aparelhos.
A direção do hospital ressalta que esta avaliação é um processo longo, delicado e extremamente criterioso, que inclui exames clínicos e de imagem. Familiares estão acompanhando toda a evolução do quadro clínico.
Conforme a assessoria do hospital, desde o momento da internação, o paciente recebeu todo o atendimento necessário para tentar reverter o quadro clínico, já que a possibilidade de cirurgia foi descartada pela equipe de neurocirurgia.
Acidente - O atropelamento aconteceu na tarde de terça-feira (20), no assentamento Santa Olga, em Nova Andradina. Segundo a Polícia Civil, o bebê foi atropelado quando a irmã de 12 anos manobrava o veículo na garagem.
A vítima foi socorrida por familiares e levada para o Hospital Regional de Nova Andradina, de onde foi transferida para o HU de Dourados.
Depois de ouvir depoimentos, a Polícia Civil concluiu que o atropelamento foi totalmente acidental. Segundo o titular da 1ª Delegacia de Nova Andradina, delegado André Luiz Noveli, apesar de ter sido um acidente, a responsabilidade foi toda da adolescente, por isso só ela responderá pelo atropelamento.
Por enquanto, a menina será responsabilizada por ato infracional de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Caso a morte do bebê seja confirmada, a infração mudará para homicídio culposo.