Membro da quadrilha que furtava condomínios de luxo é denunciado
Denúncia é referente a apenas um furto, mas família pode ser responsável por outros seis
Um dos integrantes da quadrilha familiar que furtava casas em condomínios de luxo, Rafael Ferreira Fernandes, de 27 anos, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Ele está preso desde o dia 13 de setembro na Penitenciária Estadual de Regime Fechado da Gameleira II, em Campo Grande.
Por enquanto, ele responde a processo apenas por crime cometido em 10 de setembro, dias antes de ser preso, em casa no bairro Antônio Vendas. No dia, ele, junto com Vítor Emanuel de Oliveira dos Santos, 20, cortaram a cerca elétrica da residência e furtaram de lá cerca de R$ 2 mil em roupas, sendo um boné, diversas camisetas, uma calça, dois tênis, uma bolsa e um casaco de couro. Tanto Rafael quanto Victor foram identificados pelas câmeras de segurança do local.
Entretanto, há pelos menos mais seis furtos pelos quais Rafael responde, sendo o primeiro em março deste ano. Já contra Vítor, apenas o furto de setembro lhe é imputado, e por isso, o Ministério Píublico, através da 17ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, vai oferecer acordo de não persecução penal a ele, principalmente por ser réu primário. Ele está em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica.
Demais envolvidos - Solange Ferreira Lima, 47 anos, sogra de Rafael; Luiz Gustavo Brunetto, 24 anos, cunhado dele; Leandra Lima Brunetto, 21 anos, esposa de Rafael, e e Valdeir Pereira de Moraes, 27 anos continuam presos. Já Bruno Norberto Artur, 21 anos, envolvido em um dos furtos, está livre mediante monitoramento.
Eles cometeram pelo menos sete furtos e em um deles “faturaram” mais de R$ 500 mil. Recentemente, conforme investigações da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), a família ostentava nas redes sociais o que desfrutava com a venda dos bens furtados.
Segundo a polícia, eles vinham "usufruindo de bens, viagens, veículos e objetos de marcas renomadas, sendo tudo fruto do dinheiro arrecadado com a venda dos bens subtraídos das residências das vítimas".
Leandra, em depoimento no dia 14 de setembro, um dia depois de ser presa, contou que vendia, junto com o marido, as peças que eram furtadas. Também confessou o quanto receberam em algumas das movimentações, sendo que em uma delas, chegou a transferir R$ 60 mil aos envolvidos.
Além do furto do dia 10 de setembro, no bairro Antônio Vendas, a família ainda teria, em conluio, furtado casas nos condomínios Terra Ville, Damha II, Golden Gate, Vilas Park, Terras do Golf e um furto tentado em outra moradia, também no Antônio Vendas.