Mercado que vendia carne vencida em dezembro de 2022 é interditado
No total, foram encontrados 450 quilos de carne e outros produtos vencidos ou sem procedência
Com 450 quilos de carne sem procedência ou vencidos, mercado localizado na Vila Danúbio Azul foi interditado hoje, durante ação realizada nesta quarta, após denúncia anônima. Equipes encontraram sujeira, mosca dentro de embalagens precárias e larvas de dengue em caixa d'água do estabelecimento.
A operação foi realizada pelo Procon Municipal, em conjunto com Vigilância Sanitária, Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal) e Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo).
A operação foi realizada no Mercado M2 após denúncia anônima feita à Decon. Na operação, as equipes listaram várias irregularidades, segundo o subsecretário do Procon Municipal, Cleiton Thiago. O estabelecimento não tem alvará de funcionamento, nem licença de Vigilância Sanitária para operar com açougue e padaria.
Os equipamentos de refrigeração não mantinham os produtos congelados, o que prejudicava a manutenção da validade dos itens. Também foram constadas condições precárias de higiene e até larvas de dengue foram encontradas na caixa d'água, no fundo do mercado.
Foram confiscados 350 quilos de carnes bovina, suína, frango e linguiça artesanal. Os produtos estavam em embalagem sem informação de procedência e data de validade. O mercado também não tinha veterinário a serviço, profissional que deveria atestar a origem das carnes.
As equipes encontraram, ainda, vários produtos vencidos, como manteiga, muçarela, presunto, mortadela, bolachas, pães, farinhas, entre outros. Os pastéis caseiros eram enrolados e deixados em papel filme. Dentro, várias moscas foram encontradas.
Segundo boletim de ocorrência, duas pessoas foram indiciadas, sendo homem de 65 anos e mulher de 62 anos, por crime contra relação de consumo. O mercado foi lacrado pela Vigilância Sanitária e somente poderá ser reaberto após apresentação da documentação necessária.
“A gente pede para que os consumidores façam denúncia, somente assim conseguimos chegar até o problema”, disse Thiago. O número para denúncia é o 156 (opção 2).
A reportagem não conseguiu acesso aos comerciantes responsáveis pelo mercado.