Mesmo com acidente, prefeitura diz que ninguém pode improvisar sinalização
Na quinta-feira, mulher grávida foi atropelada em um cruzamento com "PARE" escrito de giz
Apesar de “PARE” feito com giz para tentar evitar acidente, a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) informa que a população não é autorizada a fazer a própria sinalização. O assunto veio à tona após uma mulher grávida, que estava de moto, ser atropelada ontem (18) por uma caminhonete, no cruzamento da Avenida General Alberto Carlos Mendonça Lima com a Rua Capitão Airton Rebouças, no Bairro São Conrado. Ela foi levada para a Santa Casa com uma fratura na perna.
A Agetran diz que a via passou por obra de pavimentação, e que a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que ainda nesta sexta-feira (19) irá instalar a sinalização vertical no endereço.
“Ressaltamos que a população não é autorizada a fazer a sinalização da via. A orientação é para que em casos como esse, a população entre em contato com a Prefeitura pelos canais de comunicação disponíveis, no telefone 156 ou pelo e-mail ouvidoria@agetran.campogrande.ms.gov.br, solicitando o serviço de manutenção ou sinalização das vias”, pontuou em nota.
A Sisep explica que o início da obra não tem relação direta com a retirada das placas, e que só são retiradas para a execução do serviço, que neste cruzamento era para a implantação da ciclovia. Concluído o trabalho, são colocadas as sinalizações, tanto a vertical como horizontal.
Comerciante próximo do local, Jeremias, de 44 anos, contou que antes da obra a rua estava devidamente sinalizada, mas depois as placas foram tiradas.
“Agora, a via está asfaltada tem um mês, mas a Prefeitura ainda não colocou a placa do ‘PARE’ de volta”, disse.
Ainda de acordo com o comerciante, a Prefeitura informou que ele teria que ir pessoalmente na Agetran fazer a solicitação, mas que por conta da distância, ficou difícil.
“Esse não é um serviço que eu deveria estar fazendo. A Prefeitura que deveria colocar a sinalização assim que a obra finalizasse. Aqui a gente precisa contar com a boa vontade dos motoristas, porque eles passam correndo. A rua está perfeita, só falta a sinalização”, lamentou.
Jeremias também já chegou a fazer placa de papelão para ajudar na sinalização, mas a chuva e o vento acabaram derrubando.
Everton de Lima Segovia, de 32 anos, mora na esquina do cruzamento. Ele acredita que após a conclusão da obra, o fluxo de veículos aumentou, e por isso, vê a importância da sinalização.
"Com certeza o número de acidentes vai aumentar, porque o fluxo de carros nesse cruzamento está aumentando muito também", finalizou.
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