Mesmo com decreto, Semed trabalha para antecipar volta às aulas em Campo Grande
Titular da pasta, Elza Fernandes, disse que o retorno será feito de maneira escalonada e híbrida
Mesmo com decreto que suspende aulas presenciais até julho, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) trabalha para antecipar a data, desde que isso seja feito de maneira segura para alunos e servidores. Em conversa com vereadores na manhã desta terça-feira (9), a titular da pasta, Elza Fernandes, disse que o retorno será feito de maneira escalonada e híbrida.
“O decreto foi publicado com esse prazo para que não fosse republicado várias vezes. Nossa intenção é retornar antes de julho, mas que isso seja feito com segurança", disse durante audiência na Câmara Municipal.
A ideia, segundo a secretária, é que os primeiros a voltar sejam estudantes do sexto ao novo ano. Em seguida os do primeiro ao quinto período e por último, alunos maternal. A liberação das séries será feita sempre após monitoramento que levará em conta número de casos suspeitos ou confirmados da covid-19.
“Temos um número muito grande de alunos e mesmo voltando aos poucos, o retorno tem de ser híbrido, não tem como voltar 100%”, disse.
Para o retorno, a Semed comprou equipamentos de proteção individual que serão entregues aos servidores e estudantes. “Já foi licitado e estamos na fase de recebimento. Vamos entregar máscaras, luvas e aventais para educação infantil, álcool, tapetes e termômetros", pontua.
Além da movimentação dentro das escolas, a preocupação, segundo a chefe da Semed, é com estudantes e trabalhadores que dependem do transporte público. Segundo ela, dos 13 mil servidores da Semed, cerca de 2 mil fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus e estariam duplamente expostos.
Sem segurança para voltar às salas, os 109 mil estudantes da Reme vão continuar com as aulas remotas, organizadas por cada escola. Hoje, cerca de 40 aplicativos e meios são usados pelas unidades para transmitir o conteúdo aos alunos.