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Capital

Mesmo em dia de jogo, advogada não abandona rotina de fé

Para ela as partidas de futebol não anulam a necessidade de seguir a normalidade da vida

Natália Olliver e Cleber Gellio | 28/11/2022 15:10
Na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, teve oração no horário do jogo. (Foto: Cleber Gellio)
Na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, teve oração no horário do jogo. (Foto: Cleber Gellio)

Mesmo em dia de jogo do Brasil contra a Suíça, segundo da Seleção na Copa do Mundo 2022, a advogada Silvia Martins, de 59 anos, devota de Nossa Senhora da Aparecida, não abandonou a rotina de fé e manteve o hábito de ir à Igreja Perpétuo Socorro, nesta segunda-feira (28), na hora do jogo, 12h (horário de Mato Grosso do Sul).

Para Silvia, as partidas de futebol não anulam a necessidade de seguir a normalidade da vida. “Eu venho, não necessariamente para as missas, eu gosto de vir às segundas porque meu escritório é aqui pertinho. Gosto de vir nesse horário porque está tudo calmo, venho fazer a minha oração e fica tudo tranquilo”, comentou.

A advogada explicou que não apoia o fechamento total do comércio, pois a sociedade passou por um longo período de reclusão que impactaram e modificaram hábitos.

“Eu acho que o momento que o país viveu, nós estamos saindo de uma pandemia. Fica complicado ficar tudo parado. Além disso, temos tecnologia nas mãos, então você pode assistir aos jogos. Sinceramente acho que há outras maneiras, em vez de se parar tudo. Existem por exemplo estabelecimento que a televisão está ligada e os funcionários estão trabalhando. Está tudo estagnado, acho que daria para conciliar. E a fé acima de tudo, a gente precisa buscar a paz espiritual”, disse.

Ela ressalta que torce pelo Brasil, tem afinidade com o jogo e que acha bonito ver o quanto o esporte dá oportunidade a meninos de classes sociais mais humildes, de transformarem a realidade de onde moram e servir de exemplo para tantas crianças no País.

“É muito bonito ver esses meninos, por exemplo, o Richarlison, que veio de classes menos favorecidas, acho isso um estímulo aos nossos jovens. Mesmo assim, vejo que fechar é uma coisa muito gritante, por exemplo, os tribunais trabalham meio período. Acho que há condições. Durante a pandemia tivemos um acesso e aprendizado com a tecnologia fantástica, videoconferência, audiência que fazemos virtuais, falar com as pessoas reclusas. No meu entendimento não teria necessidade”, pontuou.

Medo - A advogada ressaltou o receio de que uma nova onda de covid-19 atinja o Brasil e o comércio tenha que fechar novamente.

“Eu acho complicado. Na hora que vim pra cá vi muito fechados. Quanto mais aproveitarmos a pós-pandemia melhor. O que está acontecendo que estamos vendo na China está tudo fechado. Será que não seria interessante termos um jogo de cintura? Porque logo deve fechar novamente. Acho que dá pra conciliar, é muito radical fechar tudo”, finalizou.

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