“Meu coração não acalma”, diz mãe de menina que quase foi levada por estranho
Após susto, atendente de telemarketing, de 26 anos, quer se mudar com marido e 7 filhos
A atendente de telemarketing, de 26 anos, teve de sair às pressas de casa com o marido e os sete filhos – que têm entre 1 e 12 anos – depois que um estranho invadiu a casa dela, no fim da tarde de quinta-feira (8), e tentou levar uma das meninas, de 7 anos, à força. “Foi um susto, meu coração não conseguiu acalmar até agora. Não preguei o olho um minuto sequer durante a noite e agora, só vou me sentir segura de novo se eu me mudar de casa”, afirma a mãe.
Morando no Jardim Anache – região norte de Campo Grande – há cerca de 1 ano, a família agora busca lugar mais seguro para morar. A mãe diz não conseguir tirar a cenas do ocorrido da cabeça.
Ela narra que havia chegado do trabalho com os filhos, por volta das 17h50 e percebeu que a casa havia sido invadida. Um cadeado havia sumido, uma torneira da varanda estava aberta e dentro da residência, havia marcas de pé com barro, mas nada tinha sido furtado.
A mãe conta ainda que foi providenciar a limpeza da casa e colocar roupas para lavar quando, de repente, uma das filhas gritou, avisando que havia um homem no quintal. “A hora que eu saí pelo corredor, vi o cara, segundo a minha menina de 7 anos. Minha vontade era partir para cima dele, mas mantive a calma”.
A atendente de telemarketing contou à polícia que tentou saber quem era o estranho e o que ele queria. Ele dizia: “Minha Ana Luiza”. A mãe tentou explicar que a filha não era a criança que ele pensava ser, mas o homem estava irredutível. “Puxei a minha filha e mandei a mais velha trancar todo mundo dentro de casa”.
A mãe diz que conseguiu tirar o estranho de dentro da casa, mas ele empurrava o portão para volta, enquanto ela gritou por ajuda dos vizinhos e a polícia foi chamada. Nesse momento, o homem pegou uma bicicleta e foi embora.
Mais tarde, em rondas pelo bairro, o invasor, identificado como Uelinton Barbosa Vieira Rosa, de 35 anos, foi encontrado e preso. Na delegacia, ele alegou que entrou na casa por se tratar da residência de um conhecido e que viu pessoas retirando móveis do local. Negou que tenha pegado a menina pelo braço, mas também não quis assinar o depoimento.
O caso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e o homem deve responder por tentativa de homicídio e violação de domicílio.
A mãe da vítima diz temer pela família porque soube que Uelinton é violento. Ele tem passagens por roubo e já foi acusado de homicídio que ocorreu no Jardim Anache em 2007, mas foi absolvido por falta de provas em júri realizado 10 anos depois.
Preso em flagrante na noite de ontem, ele ainda deve passar por audiência de custódia.