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Capital

Ministério da Saúde vai propor mais profissionais e unidades na Capital

Diagnóstico é que Campo Grande precisa de 86 novos locais para atendimento e mais profissionais para atender

Cassia Modena | 02/08/2023 11:59
Representantes do Ministério da Saúde em reunião com a Sesau: Ronaldo Costa (1º à esquerda) e José Justo (2º à direita) (Foto: Divulgação/Sesau)
Representantes do Ministério da Saúde em reunião com a Sesau: Ronaldo Costa (1º à esquerda) e José Justo (2º à direita) (Foto: Divulgação/Sesau)

Nesta sexta-feira (4), equipe do Ministério da Saúde vai entregar à prefeita Adriane Lopes (PP) documento com propostas para melhorar o acesso da população de Campo Grande às UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e USFs (Unidades de Saúde da Família), de forma a frear o agravamento de doenças e, consequentemente, evitar a superlotação da rede de emergência.

Superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Souza Costa acompanha o assessor técnico do gabinete da Secretaria de Atenção Primária à Saúde da pasta, José Maria Justo, em visita à Capital para verificar como está a rede básica e falar das propostas. Eles se reuniram com equipe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta segunda-feira (31) que, inclusive, está envolvida na criação das propostas.

O que se diagnosticou, segundo Ronaldo, é que faltam mais equipes nas unidades existentes e há necessidade de 86 novos locais para atendimento. Dessa forma, haverá maior procura e a distância não será barreira para procurar serviços de saúde de forma preventiva e resolutiva.

"Nós vamos propor um redimensionamento, de imediato. Nos bairros mais vulneráveis e mais populosos, onde as famílias são mais pobres, precisa ter uma oferta maior de equipes atendendo. Nos menos vulneráveis e menos populosos, pode haver menos", adiantou o superintendente sobre a proposta à prefeita.

O número de UBSs e USFs em Campo Grande teria que saltar de atuais 74 para 160, no mínimo, de acordo com diretrizes adotadas pelo Ministério da Saúde na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Siva, calcula Ronaldo. A referência atualizada recomenda uma equipe de Saúde da Família para cada 2,8 mil habitantes do município. "O que recomendamos em Campo Grande, é haver mais de uma equipe nas unidades", destacou.

Construção de unidades - O Ministério da Saúde está perto de lançar um programa voltado a esse investimento nos Estados, revelou Ronaldo. No caso de Campo Grande, a prioridade poderá ser construir em bairros de onde as pessoas precisam se deslocar para encontrar uma UBS ou USF.

"A quantidade de unidades está abaixo do ideal e não é boa a distribuição geográfica entre os bairros. A Capital tem como característica vazios territoriais, a ocupação é dispersa. Precisamos de mais unidade bem localizadas", ele analisa.

Sesau - Quanto às propostas e o quadro atual das unidades básicas e da família, a Sesau se manifestou na nota abaixo:

"A Sesau informa que o município está em processo de qualificação e habilitação de novas equipes para ampliar a cobertura assistencial à população. Não houve, até o momento, nenhuma indicação em relação a necessidade de construção de novas unidades, uma vez que, atualmente, o município já conta com 74 unidades básicas e de saúde da família e uma cobertura potencial superior a 80% O intuito da visita é fomentar a discussão em relação às possibilidades de ampliação e qualificação da Atenção Primária em Campo Grande para que os atendimentos sejam mais efetivos. Hoje, o município está entre as dez capitais com maior cobertura de Atenção Primária do país, sendo que, há seis anos, Campo Grande figurava como a 27ª no ranking, ou seja, a última colocada. Neste período, onze novas unidades foram inauguradas e o número de equipes foi ampliado significativamente, além disso, o município criou programas de residência médica e multiprofissional em saúde da família, contribuindo assim para este avanço. O município saiu de uma cobertura de 34,58% para as atuais 88,07%, considerando as equipes de saúde da família e das unidades básicas, que passarão a ser nominadas como Equipes de Atenção Primária, EAP. Por fim, em 2019 foi realizado o maior concurso da história da saúde pública da Capital, sendo, até o momento, mais de 1,4 mil profissionais de saúde de diferentes áreas já convocados para atuarem na Rede Municipal de Saúde, mais que o dobro das 633 vagas previstas no edital. O concurso ainda está vigente e, caso haja necessidade de convocação de novos profissionais, os mesmos deverão ser chamados. No entanto, como anteriormente mencionado, este dimensionamento ainda não está definido".

Visitas - O Ministério da Saúde promove visitas simultâneas às capitais para avaliar necessidade de readequação de UBSs e USFs. Aracaju (SE), Porto Velho (RO) e Recife (PE) já as receberam, além de Campo Grande.

Promoveram ação, também nacional, para avaliá-las os TCEs (Tribunais de Contas Estaduais), no primeiro semestre do ano. Em Campo Grande, o diagnóstico foi de que o principal problema das unidades está relacionado à infraestrutura. As visitas do órgão ocorreram em junho. Em nota, a Sesau se manifestou, à época, detalhando mutirão de reformas e revitalizações que está em andamento na rede pública.

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*Atualizada às 08h07 de 03/08/2023 para inserir nota da Sesau.

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