Ministério vai ser informado sobre a situação do cão Scooby, diz Nelsinho
O Ministério da Saúde vai ser informado da situação do cão Scooby, que tem sintomas de leishmaniose e virou mascote de uma campanha contra o sacrifício de animais, vai poder receber tratamento. Ontem, comovido com uma campanha com mais de 10 mil assinaturas pedindo para que Scooby seja salvo, o prefeito Nelston Trad Filho (PMDB) anunciou que o cão receberá tratamento e não será sacrificado.
O cão ficou famoso após ser vítima de maus-tratos. O dono amarrou o bicho a uma moto e arrastou até o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), alegando que havia chamado uma equipe do Centro para ir até a casa buscar o animal e o pedido não foi atendido.
Hoje, ao anunciar a criação de um pronto-socorro veterinário, o prefeito foi mas cauteloso e comentou a decisão em relação a Scooby. Ele disse que pode ter de seguir a todo o protocolo do Ministério da Saúde para cães com leishmaniose, que orienta a eutanásia, para evitar a proliferação da doença.
No entanto, o prefeito pontuou que a situação do Scooby é única e, dependendo do resultado do exame, o caso vai ser analisado pelos técnicos do CZZ.
O prefeito disse que não é possível simplesmente ignogar a determinação do Ministério da Saúde, que vale para todo o País.
Trad comentou que já teve um cachorro diagnosticado com leishmaniose, chamado Dinda, e que ele foi submetido à eutanásia. “É uma determinação do Ministério da Saúde e temos de cumprir”, disse o prefeito. Ele citou que casos de descumprimento podem gerar até corte de recursos.
Ele voltou a repudiar a atitude do dono com o cachorro e disse que é defensor da vida dos animais e contra os maus-tratos. Sobre a situação do cão, disse que ele vai receber o tratamento necessário no CCZ para os ferimentos que teve ao ser arrastado até o CCZ e vai passar por todos os exames.
Nem o secretário de Saúde, Leandro Mazina, nem a diretora do CCZ, Júlia Maksoud, quiseram comentar o caso específico, alegando que só o prefeito fala a respeito. As autoridades da área são veemente contra o tratamento da leishmaniose em cães, alegando que repretenta risco à saúde pública.