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Capital

Moradores conseguem reverter cobrança de IPTU por asfalto que não existe

Mas por conta da informação errada, quem mora no Betaville teme que vias cascalhadas não sejam pavimentadas

Por Geniffer Valeriano | 09/01/2024 10:39
Em IPTU, Rua Cassiano Gabus Mendes constava como pavimentada até 2014 (Foto: Henrique Kawaminami)
Em IPTU, Rua Cassiano Gabus Mendes constava como pavimentada até 2014 (Foto: Henrique Kawaminami)

No Bairro Betaville, moradores de ruas cascalhadas e sem pavimentação receberam carnê de IPTU com cobrança como se tivessem asfalto. O grupo conseguiu reverter a cobrança a mais, porém, teme que vias não sejam pavimentadas por conta da informação errada nos registros da prefeitura. Ao todo, 14 trechos da região ainda são de terra, mas quem mora no local mostra boleto do imposto que diz o contrário.

Apesar de morar há 20 anos na mesma casa, na Rua Mário Quintana, Olga Constantine, de 58 anos, pagou até no ano de 2023 IPTU de um imóvel localizado em uma via sem pavimentação. “A rua está cada vez pior, né? Porque não passam nada na rua, nem cascalho. Tem dias que nem dá para sair de casa de carro”, conta.

Apesar dos anos morando no mesmo local, Olga relata que só percebeu o erro em seu carnê após outros moradores do bairro reclamarem da situação. “É algo que às vezes a gente não repara, então acaba passando despercebido”, disse.

Rua Mário Quintana aparecia como cascalhada até 2023 (Foto: Henrique Kawaminami)
Rua Mário Quintana aparecia como cascalhada até 2023 (Foto: Henrique Kawaminami)

A aposentada Oracy Gonçalves, de 63 anos, é outra moradora da região que durante anos pagou o IPTU por uma rua pavimentada. Para solucionar o problema a dona de casa relata que precisou entrar com processo contra a prefeitura.

O medo de Oracy era que a pavimentação não chegasse até a Rua Cassiano Gabus Mendes, onde mora. “Demorou mais de seis anos até eu receber uma notificação que eu teria um crédito, mas nunca vi esse crédito, nunca foi abatido no meu IPTU. E eu tinha medo assim do asfalto não vir por conta do cadastro como pavimentado”, contou.

Oracy conseguiu alterar informação errada após entrar com processo (Foto: Henrique Kawaminami)
Oracy conseguiu alterar informação errada após entrar com processo (Foto: Henrique Kawaminami)

Apesar de ter iniciado o processo em 2012, apenas em 2014 a aposentada conseguiu a informação em seu carnê. Depois da mudança, Oracy relata não ter sentido que o valor cobrado foi reduzido. “Eu não recebi a devolução do que eu paguei a mais entre aspas, porque eu continuo pagando a mesma coisa. Não teve diferença, a única coisa que mudou realmente foi essa palavrinha de “com” mudou para “sem”, mas os valores continuam os mesmos”, relata.

A Prefeitura de Campo Grande foi procurada pela reportagem para falar sobre o problema encontrado no bairro e orientar a população que esteja passando pela mesma situação. Até o momento não houve nenhum retorno. O espaço segue aberto.

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