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Capital

Após estragos da chuva de ontem, medo no centro é do ainda está por vir

Paula Vitorino | 26/01/2012 12:49

Chuva desta quarta-feira foi uma prévia do volume intenso que a região central deve registrar até o fim do verão

Garçom mostra o nível que água chegou por conta da enxurrada, que levantou portão do Parque Itanhangá. (Marlon Ganassin)
Garçom mostra o nível que água chegou por conta da enxurrada, que levantou portão do Parque Itanhangá. (Marlon Ganassin)

A chuva da tarde desta quinta-feira (26) registrou volume de 21 mm somente na região central de Campo Grande, o que já foi suficiente para mostrar uma prévia dos estragos que as chuvas fortes de verão devem causar na região até o fim desta estação.

“Se com essa chuva rápida, que forte mesmo durou cerca de 1 hora, já vimos a loja alagada, imagina quando vier uma chuva forte mesmo”, diz a gerente de uma loja no cruzamento da rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena, Suzimeire Melo, 27 anos.

A água da enxurrada entrou na loja e alagou o cruzamento. “Essa já foi a segunda vez que aconteceu esse ano. E é uma água muito fedida”, diz.

O meteorologia Natálio Abrão afirma que o volume de chuva registrado ontem é considerado baixo se comparado ao nível que pode chegar até o fim do verão. Segundo ele, pelo menos até meados de março as chuvas fortes continuam e podem registrar índices de cerca de 60 mm.

O aposentado Socim Shinzato, de 81 anos, que mora no cruzamento das ruas Maracaju e Padre João Crippa, onde um carro foi arrastado pela chuva ontem, diz que “fico sempre prevenido nesta época”.

A casa é equipada com muretas de proteção da água da chuva nas portas. “Já fico preparado para não entrar mais água em casa, como já aconteceu em outras ocasiões”, diz.

No bairro Cabreúva, atrás do estacionamento da Feira Central, as residências recebem todo o volume da enxurrada que vem das regiões mais altas. “Sempre tivemos prejuízo. Agora ficamos preparados quando começa a chover, mas quando o volume é muito grande não tem jeito”, diz.

Danos - A chuva forte levantou os portões do Parque Itanhangá, na rua Chaad Scaff. O garçom Ricardo da Silva, de 24 anos, diz que a enxurrada passou de 30 centímetros, por conta do córrego do parque.

“A água saia forte do parque e se espalhava aqui na rua. Tivemos que tirar água que entrou na lanchonete”, conta.

Na agência do banco Bradesco da avenida Coronel Antonino a chuva provocou a queda de cerca de 2 metros do forro de gesso. Mas segundo informações dos funcionários da agência, o atendimento não foi prejudicado.

De acordo com a assessoria da Prefeitura Municipal, os transtornos registrados na região central "foram pontuais". Já o problema de alagamento na Chaad Scaff deve ser resolvido com a execução de um projeto de drenagem dos bairros São Lourenço, Bela Vista e outros, com o objetivo de diminuir o volume de água que cai no córrego Vendas, que passa pelo Parque Itanhangá.

Previsão - De acordo com a meteorologia, a previsão é de chuva até o fim de semana. Segundo Natálio, as pancadas devem ocorrer no período da tarde e em diversas áreas da Capital e Estado.

Ele explica que a instabilidade no tempo é devido influência de uma frente fria que está no sul do país e a própria característica do verão. “É normal no verão ocorrer pancadas de chuva rápidas e fortes, com variação na temperatura”, diz.

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