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Capital

Moradores reclamam de violência que atinge principalmente trabalhadores

Amanda Bogo | 05/07/2017 16:58
Moradores reclamam de violência que atinge principalmente trabalhadores
Campo de futebol onde é realizado projeto social com 160 crianças (Foto: André Bittar)

A insegurança é o sentimento que toma conta de quem mora no bairro Ramez Tebet e Campo Nobre, em Campo Grande. Com os trabalhadores sendo as principais vítimas de criminosos, o risco de ser assaltado na ida ao trabalho intimida quem vive lá, e mudar de lá chegou a ser alternativa.

De acordo com a presidente da associação dos moradores do local, Solange Aparecida Vilhagra Ângelo, 37, só nesta semana houveram invasões em três das 784 casas da área. “As principais vítimas são os trabalhadores. Ou o ladrão vigia a casa para invadir, ou rouba enquanto a pessoa está no ponto de ônibus”.

Em três meses, um ex-moradora do bairro que não quis se identificar, de 49 anos, foi assaltada duas vezes enquanto aguardava o transporte para ir ao trabalho.”Dois homens armados em uma moto levaram minha bolsa, perdi todos meus documentos”, lembra. Cansada da insegurança e com medo, a mulher resolveu deixar o local por onde viveu quase três anos.

Moradores reclamam de violência que atinge principalmente trabalhadores
Solange é presidente da associação de moradores e diz que pedido por mais segurança é antigo (Foto: André Bittar)
Moradores reclamam de violência que atinge principalmente trabalhadores
Uma das ruas do bairro Ramez Tebet, que não possui asfalto (Foto: André Bittar)

Solange alega que já procurou o poder público diversas vezes cobrando mais patrulhamento na área. A preocupação e o pedido por mais segurança também inclui as 160 crianças, moradoras da região e que fazem parte de um projeto social realizado em um campo de futebol, localizado na Rua Campo Nobre.

“Os treinos costumam ser no fim do dia e a noite, e os usuários de drogas ficam próximos intimidando. Nosso receio é que isso influencie as crianças para entrarem na criminalidade”.

Procurado pela reportagem do Campo Grande News, o tenente-coronel Almeida, comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, afirmou que é feito patrulhamento constante nos bairros citados no texto e na mesma região, e que está sendo intensificado o contato com presidentes de associações e centros comunitários para compreender as solicitações e atender as demandas.

Conforme o comandante, muitos dos crimes que ocorrem naquela área não são notificados à polícia. Sem o relato, não é possível ter um conhecimento amplo dos delitos, o que atrapalha na hora de intensificar a segurança.

“O que estamos observando é uma demanda reprimida onde a pessoa que é vítima deixa de fazer o registro e aí acaba sendo que esse bairro tem uma demanda e eu acabo não tendo o conhecimento porque não houve o registro do local, o que acaba virando uma mancha negra”, pontuou.

O tenente-coronel finalizou destacando que a polícia dará uma "atenção especial" ao pedido de patrulhamento para a segurança das crianças que participam do projeto social. "Vamos fazer um levantamento, ver se procede essa afirmação de usuários de droga no local e, confirmando isso, podemos dar uma intensificada nesta área".

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