Morto dentro de ônibus tinha 31 anos e usava documento com nome falso
Márcio Pereira Valdez chegou a ser preso em abril deste ano por ataque a um suposto narcotraficante
Foi identificado como Márcio Pereira Valdez, 31 anos, o homem morto com tiro no peito dentro de um ônibus de viagem na Rua Carajás, perto da Avenida Gunter Hans, região do Trevo Imbirussu, em Campo Grande. O homem foi inicialmente apontado como sendo Alfredo Araújo, 28, mas o documento usado era falso.
Márcio foi identificado após uma breve investigação dos policiais. O celular que estava com ele foi desbloqueado e com isso o verdadeiro nome foi descoberto. Em abril deste ano, a vítima chegou a ser presa por envolvimento em um ataque ao suposto narcotraficante Ederson Salinas Benitez, no Paraguai.
Em março, a casa de Salinas, conhecido como “Ryguazu”, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, foi alvo de diversos disparos de fuzil. No local a polícia apreendeu 226 cápsulas. Márcio foi pego, um mês depois, com com uma pistola Glock com carregador alongado, celular e eletrônicos em uma casa na região do Bairro Defensores del Chaco, na Vila Santa Tereza, após ser apontado como um dos atiradores do ataque.
Assassinato – Márcio foi morto com um tiro no peito dentro do ônibus que fazia o trajeto para Ponta Porã. A vítima embarcou na rodoviária de Campo Grande e foi assassinado quando o motorista parou para pegar outros passageiros na Rua Carajás.
O atirador já entrou armado no ônibus, segundo testemunhas, que relataram não estranhar já que o trajeto é feito por muitos policiais. Após o tiro, as crianças que estavam no coletivo começaram a chorar assustadas.
A vítima foi atingida por um tiro no peito e morreu no local, antes mesmo da chegada do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Alfredo é natural de Ponta Porã, onde desembarcaria.
O autor foi identificado como Paulo Oliveira de Andrade, de 33 anos, foragido do sistema prisional. Ele tem passagens por tráfico de drogas, porte ilegal de arma, homicídio simples, homicídio na forma tentada e ameaça. Paulo acabou preso por dois policiais, um civil e um militar, que estavam no ônibus.
Em depoimento, Paulo disse que a arma efetuou o primeiro disparo e travou. Ele então fugiu, tropeçou na escadaria do ônibus e caiu. Em seguida, levantou e foi até o Gol, onde estaria o mandante do crime que entregou uma outra arma e pediu para que ele voltasse para confirmar o homicídio.
Nesse momento ele foi abordado pelos policiais e o comparsa fugiu. A primeira arma, segundo Paulo, foi jogada em uma rama dentro do carro.