Motociclista não irá a júri por morte de namorada após queda em rio
O motociclista Thiago Ângelo Lima, 22 anos, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo por dolo eventual, quando não há intenção de matar, mas assume os riscos dos acontecimentos. Ele também não deverá ir a júri popular pela morte da garota e fica livre da pena de 12 a 30 anos de reclusão.
O jovem bateu a moto que pilotava pela Avenida Ernesto Geisel no dia 18 de janeiro deste ano e acabou matando a namorada Victória Nunes Fretes, 17, arremessada no Rio Anhanduí.
Conforme a denúncia, foi afastada a possibilidade de que Thiago tenha cometido homicídio doloso, quando há intenção de matar. Neste caso Testemunhas apontaram que o motociclista estava empinando no momento do acidente, com isso, caracterizando a ação como dolo eventual.
Thiago praticava as manobras há três anos, mas ele afirmou, conforme a denúncia, que empinava somente em locais adequados e não em vias públicas.
A 2ª Vara do Tribunal do Júri apontou que não poderá julgar o caso, por não se tratar de um homicídio doloso, e transferiu o caso para uma das varas criminais residuais na Capital.
As causas da morte de Victória foram traumatismo crânio-encefálico, decorrente do acidente, causado por por um desvio direcional, que pode ter ocorrido por conta de uma manobra ou excesso de velocidade.
Acidente - No dia do acidente, Thiago ia a um evento de manobras próximo ao Detran, na saída para Rochedo. Ele almoçou na casa da adolescente e depois foram para o local. No caminho, o acusado teria empinado a moto, já com a adolescente como passageira. Mas ele disse não se recordar se realizou a mesma manobra em frente ao Horto Florestal.
Quando Victória caiu no córrego, teve o corpo levado pela correnteza do rio e foi retirada do local pelo monitor de segurança Jurandir Ferreira dos Santos. Levada à Santa Casa, a vítima não resistiu aos ferimentos que teve e morreu. A família agradeceu a Jurandir pelo feito heroico. Parentes e amigos ficaram bastante abalados com o ocorrido.
Relacionamento - O relacionamento de Thiago e Victória era recente, cerca de três meses, conforme o advogado da família da vítima, José Anezi de Oliveira. Mas somente há um mês os pais conheceram o rapaz.
Neste momento a mãe da vítima viu o motociclista realizando as manobras, então chamou o rapaz e pediu para que ele não fizesse o mesmo com a filha na garupa da moto, pois era perigoso.