Motociclista pede R$ 1 milhão a youtuber por acidente com carro esportivo
Por danos morais e estéticos, vítima ingressou com ação contra Eduardo Razuk
O motociclista que ficou gravemente ferido ao se envolver em um acidente com o carro esportivo do youtuber Eduardo Razuk entrou com uma ação na Justiça pedindo indenização milionária ao influenciador. Alegando danos morais, materiais e estéticos, ele solicita o pagamento de R$ 1,1 milhão.
RESUMO
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O motociclista ferido em um acidente com o carro do youtuber Eduardo Razuk está processando o influenciador, pedindo R$ 1,1 milhão por danos morais, materiais e estéticos. O acidente ocorreu em novembro de 2024, em Campo Grande, e envolveu um Golf GTI dirigido por um funcionário de Razuk. A vítima alega que o acidente causou traumas físicos e emocionais, além de prejuízos financeiros. Razuk nega que o acidente tenha sido causado por um racha. A ação também menciona uma rifa organizada por Razuk, supostamente para ajudar a vítima, mas que teria sido usada para obter vantagem financeira.
O pedido de tutela de urgência foi feito na 16ª Vara Cível Residual da Comarca de Campo Grande, em fevereiro deste ano. Pelos danos morais, envolvendo sofrimento psicológico, traumas e impactos permanentes causados pelo acidente, a vítima pede R$ 1 milhão. Os outros R$ 100 mil são por danos estéticos, considerando as cicatrizes visíveis no motociclista.
O acidente ocorreu no dia 6 de novembro de 2024, por volta das 16h30, na Avenida Ministro João Arinos, em Campo Grande. O autor da ação pilotava uma Honda CG 125 Fan, de cor vermelha, quando se envolveu no acidente com um Golf GTI Mk 8,5 azul-marinho. O carro esportivo pertence a Eduardo Razuk, mas, no dia do acidente, era conduzido pelo funcionário dele, Leonardo Estêvão.
Na ocasião, testemunhas afirmaram que o acidente ocorreu devido a uma disputa de racha entre o Golf GTI e um Honda Civic vermelho. Essa versão foi negada pelo youtuber, que, na data, concedeu entrevista à reportagem.
“Não foi racha. A gente estava indo gravar um vídeo e, normalmente, para pegar trânsito, eu deixo o funcionário dirigir. Aí aconteceu essa fatalidade com o motoqueiro, que entrou na frente do carro. Foi a rabeta da moto que bateu no nosso farol. Ele entrou na nossa frente. Ele que fechou a gente e a gente acabou batendo nele”, afirmou.
Em decorrência do impacto com o veículo, o motociclista foi encaminhado à Santa Casa de Campo Grande. O processo cita que ele recebeu diagnóstico de politraumatismo, com múltiplas lesões, necessitando de atendimento médico intensivo.
Além dos danos físicos, a ação menciona que o motociclista, que trabalhava como auxiliar de serviços gerais, também sofreu danos emocionais e materiais “irreparáveis, comprometendo sua qualidade de vida e exigindo tratamento prolongado”.
Prejuízo – Entre os prejuízos financeiros estão a moto Honda, avaliada em R$ 9.650 no processo, um celular de R$ 851, além de R$ 938 referentes a custos com medicamentos.
Outra consequência do acidente, apresentada como justificativa no pedido de indenização por danos estéticos, é uma cicatriz permanente e visível na testa da vítima.
Não são mencionados os valores, mas a ação também cita que o motociclista está realizando tratamento odontológico e que, por ter ficado temporariamente incapaz de realizar atividades básicas em casa, precisou contratar uma pessoa para ajudá-lo.
Rifa – O documento redigido pela advogada do motociclista também aponta que o influenciador Eduardo Razuk teria organizado e comercializado uma rifa com a justificativa de adquirir uma moto para a vítima.
“No entanto, ficou evidente que o verdadeiro objetivo da ação promovida pelo réu não era cumprir com a promessa feita, mas sim obter vantagem financeira ilícita, monetizando a confiança dos participantes e seus seguidores”, diz a ação.
Posicionamento -
A reportagem procurou o influencer Eduardo Razuk sobre o caso. À reportagem, o youtuber disse que o acidente se tratou de uma colisão lateral entre o veículo e o motociclista e que ninguém estava disputando racha ou tentou fugir após o fato.
"A moto bateu na lateral do carro, não sei o que aconteceu. O carro parece que chupou a moto para debaixo e o carro ficou desgovernado. Nós ficamos em pânico no momento, então o carro não conseguia frear e perdeu a direção", afirma.
Em relação a rifa, Eduardo confirma que organizou uma, mas com o propósito de pagar pelo conserto no carro e da moto, pois o funcionário que conduzia o Golf GTI não teria condições de pagar. "Nosso advogado pediu para não dar nenhum centavo para a vítima, porque viu que a advogada não queria acordo. Ele me orientou a não passar nada enquanto não resolver na justiça. Por isso, não foi passado nada", completa.
*Matéria editada às 13h15 para acrescentar o posicionamento do influencer
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