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Capital

Motorista e passageira envolvidos em racha confirmam que havia um terceiro carro

Paula Maciulevicius | 02/04/2013 08:25
Carro passará por perícia nesta manhã para constatar velocidade de motorista que morreu em racha. (Foto: Nyelder Rodrigues)
Carro passará por perícia nesta manhã para constatar velocidade de motorista que morreu em racha. (Foto: Nyelder Rodrigues)

O motorista que dirigia o C3 que participou do racha e terminou na morte do condutor do Polo, Marcos Vinícius Henrique de Abreu, de 22 anos, afirmou à Polícia que havia um terceiro carro envolvido na disputa. Ryan Douglas Werner Vieira, 20 anos, que foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, além de lesão corporal grave e racha disse que estava a 80 quilômetros por hora. Velocidade que só será confirmada pelo laudo da perícia.

A passageira do Polo, Letícia Souza Santos, 23 anos, também afirma que havia outro veículo no racha. Em depoimento ela descarta que o namorado participasse da disputa, mas relata a participação do C3 e do outro carro.

Também depende do resultado da perícia constatar a cor do veículo que bateu no C3, além do Polo. Segundo o delegado responsável pelo caso, Natanael Balduíno, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, pode ser que a análise pericial encontre vestígios do terceiro veículo.

Entre as testemunhas ouvidas, a Polícia tem a provocação entre os motoristas, até o momento apenas dois identificados, que se encontraram por acaso ainda na avenida Afonso Pena, no trecho onde começa a Duque de Caxias.

“Houve um estímulo ali que começou um tipo de racha”, conta o delegado. Com radares que estabelecem o limite de 50 km/h no trajeto, a Polícia descreve que tanto Marcos como Ryan pararam no semáforo em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) e dali seguiram cerca de 300m disputando.

“Depois disso eles saíram e aconteceu o acidente. Neste trecho o próprio Ryan fala que estava a 80 km/h e a passageira do Polo diz que o namorado estava a 60, mas vamos depender da perícia que vai usar elementos para calcular a velocidade”, explica o delegado.

A Polícia tem pela frente o trabalho de periciar o Polo Sedan, dirigido por Marcos. Na noite do acidente, a Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) liberou os veículos envolvidos. O C3 passou por vistoria de policiais da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro depois da morte de Marcos, ocorrida cerca de 4h após o acidente, na Santa Casa.

Já o Polo será periciado apenas hoje, porque foi retirado por um guincho da seguradora do cenário da batida.
A Polícia ainda não tem a confirmação se os motores dos dois carros são adulterados para corrida, no entanto, o delegado ressalta que tanto o C3 como o Polo já tem motor potente de série.

“Eles já são carros bem perigosos, de alta velocidade. O Polo é 1.8, o C3 fica atrás, mas com 1.4. Por si só eles já permitem essa velocidade em uma via restrita a 60 km/h com vários pontos de radares. Mas se os motoristas põem 80 e 100 km/h num local onde tem curvas, vai dar no que aconteceu”, finaliza.

O acidente foi por volta das 21h deste domingo, envolvendo um Polo Sedan e um C3. No primeiro veículo estava o estudante de Engenharia Mecatrônica, Marcos Vinícius, e a namorada dele, Letícia Souza Santos, 23 anos. O carro foi atingido na lateral pelo C3, onde estavam os estudantes de Engenharia Ryan Douglas e o amigo Hugo Nantes Milan, ambos de 20 anos.

Pela alta velocidade do veículo, depois da batida, Marcos Vinícius perdeu o controle da direção e bateu, derrubando o poste de energia elétrica da avenida Duque de Caxias. Com o impacto no poste, o carro ficou dividido ao meio. Bombeiros prestaram socorro às vítimas e Marcos Vinícius ainda foi levado para a Santa Casa com vida, mas não resistiu a gravidade dos ferimentos e morreu à 1h da madrugada.

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