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Capital

Motorista que matou jovem em táxi será indiciado por três crimes

Nícholas Vasconcelos | 11/02/2013 18:39
Imagem de circuito de segurança mostra momento da colisão na avenida Afonso Pena (Foto: Reprodução)
Imagem de circuito de segurança mostra momento da colisão na avenida Afonso Pena (Foto: Reprodução)

O administrador de fazendas Diogo Machado Teixeira, 36 anos, responsável pelo acidente que matou uma pessoa na madrugada de hoje, em Campo Grande, vai ser indiciado pelos crimes de homicídio doloso, lesão corporal dolosa e embriaguez no trânsito. Se for condenado, a pena pode ser de 15 anos de prisão. A informação é da delegada de plantão que atendeu a ocorrência, Daniela Kades.

No acidente, morreu o eletricista José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, e ficaram feridos o motorista do táxi Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, e Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, amigo de José Pedro.

Quatro testemunhas foram ouvidas pela Polícia, uma taxista que aguardava passageiros na casa noturna Valley, outro que seguia pela avenida Afonso Pena e um policial da Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) que retornava para a sede da Companhia. Um outro jovem, que estava na casa noturna, também foi ouvido pela Polícia Militar. Ele viu o administrador deixar o local.

O acidente-O taxista seguia pela Afonso Pena quando parou para arrumar o taxímetro, olhou e viu a camionete rodando e o sinal vermelho, segundo informou a delegada. “A taxista disse que viu quando  o rapaz saiu da Valley, pegou a rua Espírito Santo e fez uma manobra parecida com um zerinho e saiu balançando e seguiu pela Afonso Pena, furando semáforos”, afirmou a delegada.

A delegada afirma que Diogo disse ter se distraído ao mexer no celular. Ele nega que estava em alta velocidade, conforme a delegada. As imagens de uma câmera de restaurante próximo do local mostram que não houve tentativa de parar. A delegada confirma: “No local não teve frenagem, as marcas são de uma derrapagem do acidente”, comentou. O administrador está preso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

A Polícia ainda não sabe qual era a velocidade do veículo quando atingiu o táxi. Essas pergunta é uma das que serão respondidas pela perícia feita no local do acidente, por meio de fotos, medição na pista e informações recolhidas no cruzamento. O resultado deve ficar pronto em 10 dias.

Táxi ficou com a lateral destruída depois do impacto com a camionete. (Foto: Simão Nogueira)
Táxi ficou com a lateral destruída depois do impacto com a camionete. (Foto: Simão Nogueira)

O caso vai ser encaminhado para o delegado titular do 1° DP (Delegacia de Polícia Civil), Wellington de Oliveira, que também deve pedir as imagens de circuito interno mostradas pelo Campo Grande News. “Com as imagens, a perícia poderá dizer a velocidade em que a camionete estava”, disse.

As imagens mostram também outro carro preto, provavelmente um Honda Civic, que faz uma conversão à esquerda na avenida, o que é irregular naquele ponto. Leitores questionaram se o veículo não participava de um racha, o que para a delegada, não procede, já que Diogo afirmou que estava sozinho. O motorista desse carro não foi ouvido, pois a delegada ainda não viu essas imagens.

De acordo com a delegada, as outras duas vítimas do acidente ainda não foram ouvidas devido à gravidade dos ferimentos. Eles estão internados na Santa Casa de Campo Grande.

Segundo o cunhado do taxista, Lourivaldo Rocha, o estado de saúde dele é considerado grave. O motorista está com uma perna quebrada, além de hemorragia e pressão arterial alta. “Ele inspira muito cuidado”, revelou.

Já Ramon Rudney Tenório Souza e Silva teve uma melhora no quadro de saúde, mas ainda é considerado grave, segundo Valdemar Miguel de Melo, primo do eletricista morto no acidente. Ele veio de São Paulo (SP) e aguarda a liberação do corpo do jovem para ser transportado para Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, onde vivia o que deve ocorrer ainda hoje.

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