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Capital

MP-MS pede mais um júri para Nando por assassinato de mulher

Aparecida Adriana da Costa, a Malu - uma das 17 vítimas do serial killer, foi enterrada em 2014 no cemitério clandestino no Jardim Veraneio, em Campo Grande

Geisy Garnes | 04/12/2018 08:29
Nando durante perícia, no ano passado (Foto: Arquivo)
Nando durante perícia, no ano passado (Foto: Arquivo)

O MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu à justiça que Luiz Alves Martins Filho, o Nando, e outro comparsa, sejam levados a júri popular pelo assassinato de Aparecida Adriana da Costa, a Malu - uma das 17 vítimas do serial killer. Ela foi enterrada em 2014 no cemitério clandestino que Nando mantinha no Jardim Veraneio, em Campo Grande.

Em documento enviado ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri no dia 27 de novembro, a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani, da 19ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, pediu que Nando, Claudinei Augusto Orneles Fernandes, sejam julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor em júri popular.

No pedido, a promotora alega que apesar de Nando e Claudinei terem negado o crime durante as audiências na justiça sobre o caso, os depoimentos das testemunhas e principalmente de um adolescente envolvido no crime, provam ao contrário.

Segundo a denúncia, Nando e Claudinei, com a ajuda do adolescente de 16 anos, atraíram “Malu” para a região do Jardim Veraneio e lá a asfixiaram com um correia da máquina de lavar, espancaram e a golpearam com uma barra de ferro. Depois de morta, foi enterrada no cemitério clandestino.

Ao juiz, Claudinei negou o crime ou qualquer envolvimento com Nando. Já o serial killer afirmou que o adolescente matou a mulher para vingar a morte do irmão e que ele apenas ajudou a esconder o corpo da vítima.

O jovem, no entanto, detalhou o crime. Explicou que Nando asfixiou Malu com a correia da máquina, enquanto Claudinei agrediu e quebrou as pernas dela. O adolescente ainda lembrou que foi ele a dar os golpes com a barra de ferro que mataram a mulher com pelo menos dez “facadas”.

Diante dos depoimentos, o MPMS pediu que os suspeitos vão a júri por homicídio por motivo torpe, meio cruel, dissimulação, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Agora, a decisão fica a cargo do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que deve acatar, ou não o pedido da promotora.

Julgamento cancelado - O terceiro julgamento de Nando, que aconteceria na sexta-feira (28) foi adiado após ser internado para tratamento médico. No dia 27 de novembro ele foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Moreninha e de lá transferido para o Hospital Universitário.

Nando e os comparsas seriam julgados pela morte de Ana Cláudia Marques. Ela foi estrangulada por uma corda. O crime aconteceu no dia 29 de agosto de 2016, em uma chácara no entorno do lixão do Jardim Veraneio.

O serial killer já foi condenado em outros dos casos, as mortes do adolescente Lessandro Valdonado de Souza e de um homem identificado apenas como Café. Somadas as condenações chegaram a 36 anos e oito meses.

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