Mulher que maltratou crianças em Ceinf terá de prestar contas à polícia
A Polícia Civil vai investigar a funcionária que agrediu crianças no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Maria Cristina Ocáriz de Barros, no Jardim Tijuca II - região sudoeste de Campo Grande. A informação é da Prefeitura, que não informou o nome da mulher, demitida desde maio.
O caso veio a tona depois que a educadora Iara Freiras, denunciou a colega de trabalho por meio de um vídeo. Nas imagens, a mulher aparece “chacoalhando” as crianças no momento do sono. Iara diz que percebeu a situação, quando decidiu contar para uma amiga, que é diretora em outra unidade - sendo esta amiga a autora da denúncia, que resultou na demissão da agressora.
“Eu fiquei desesperada, não sabia o que fazer, ai essa amiga me ajudou. A partir daí comecei a sofrer represálias no trabalho das outras recreadoras, professoras e da diretora. Ela nem se quer olhava pra mim e quando falava comigo, era com ironia. Logo após a denúncia ela fez uma ata proibindo o uso do celular em sala de aula", revela Iara.
Iara acredita que algumas colegas, incluindo a diretora do Ceinf, eram coniventes com as agressões, já que a mulher trabalhava lá há dois anos. “Teve funcionaria que disse que eu só fiz o que elas nunca tiveram coragem de fazer. O que não entendo, é porque elas viraram a cara para mim e depois ficavam fazendo perguntas e me maltratando”, diz.
Injustiçada- Em nota, a prefeitura afirma que Iara foi demitida, pois era contratada através do convênio com a Seleta, empresa em que os acordos com o município foram alvos de ação na Justiça, que determinou a suspensão deles e, por consequência, a demissão de funcionário. Entretanto, Iara alega que o motivo foi outro.
"Já não aguentando tanta represálias fui até a Semed e pedi transferência para outro Ceinf. Contei tudo o que estava acontecendo, mas não tive êxito", comenta Iara, que já tinha prestado serviços como recreadora, cobrindo pessoas em licença médica por dois anos e, no dia 1º de agosto, completaria dois anos como contratada fixa. A demissão ocorreu no dia 11.
“Todo mundo que trabalhou comigo me conhece, sabe como eu trabalho, estou me sentindo injustiça, triste. É revoltante essa situação que eu estou passando”, considera.