Mulher que se ajoelhou em roubo diz que "clamou a Deus" pela vida do filho
Veículo comprado em 36 parcelas foi recuperado abandonado, no Portal Caiobá
A mãe do motoentregador que teve sua motocicleta roubada por dois ladrões na última terça-feira (17) revelou na delegacia que no momento do assalto achou que ela e o filho iriam morrer. “Na hora, pensei que eles matariam a mim e ao meu filho e comecei a clamar a Deus”, disse a vítima em depoimento na delegacia, nesta segunda-feira (23), quando foi buscar o veículo recuperado por policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos).
A moto Honda Titan foi roubada na Avenida Manoel Joaquim de Moraes, no Bairro Caiçara, em Campo Grande, e recuperada nesta segunda-feira, no Bairro Portal Caiobá. O veículo estava abandonado e os suspeitos pelo crime ainda não foram localizados.
O crime ocorreu por volta das 10h na terça-feira da semana passada. Na ocasião, a moto estava estacionada na calçada da loja onde filho e mãe trabalham. Os bandidos estavam armados e chegam a pé no local. Durante a ação, as vítimas foram ameaçadas.
Câmeras de segurança do comércio registraram os bandidos tentando tirar a caixa de entrega que estava amarrada na garupa da moto. Na sequência, o veículo cai e a mãe do motoentregador se aproxima dos suspeitos para impedi-los de levarem o automóvel.
Neste momento, os criminosos apontam a arma para ela e no desespero, o filho a empurra para evitar que ela levasse um tiro. A mulher fica caída no chão e os criminosos fogem com a motocicleta.
De acordo com a vítima, ele pagou R$ 22 mil pela moto, que foi comprada em 36 vezes. “Eu tinha acabado de pagar a última parcela”, comentou o rapaz, revelando que no momento do roubo tinha ido até seu local de trabalho apenas para deixar o dinheiro de uma entrega e pegar a máquina de cartão para fazer a entrega seguinte.
A mãe da vítima, que trabalha de vendedora no mesmo local, relatou que não havia percebido que se tratava de um assalto e por isso foi para a frente da loja.
“Meu filho estava bebendo água quando me viu sair. Ele teve o impulso de ir até lá fora e me empurrar para que eles [os criminosos] não atirassem em mim”, relembra afirmando que “Se eu tivesse percebido que se tratava de um roubo, eu jamais teria reagido. Teria trancado a porta da loja e deixado todo mundo lá dentro em segurança”, finalizou.
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