Mutirão oferece serviços e orientação a pessoas sem-teto
Campanha da Justiça Federal se aliou a serviços públicos e ofereceu atendimentos
Logo cedo um grupo de homens e mulheres em situação de rua ou moradores de instituições de acolhimento já se reunia para receber os serviços oferecidos no 1º Pop Rua Jud Pantanal, uma iniciativa da Justiça Federal desenvolvida em Campo Grande com poder público estadual e municipal e instituições. As pessoas receberam alimentação e puderam regularizar documentação, entre outros serviços oferecidos.
Foram montadas tendas com diferentes frentes de atendimento na Uaifa (Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias) I, antigo Cetremi, no Parque dos Poderes. Há cadastro para vagas de trabalho, confecção de documentos pessoais, regularização eleitoral, inscrição para cursos profissionalizantes, cadastro para programas sociais, corte de cabelo, orientações sobre direitos, consultas de processos. Os serviços seguirão até às 17h, sem interrupção para almoço.
A solenidade de abertura contou com representantes do Judiciário federal, como a diretora em MS, juíza Monique Marchioli Leite, a prefeita Adriane Lopes, representantes de vários dos serviços oferecidos.
O corumbaense Jeferson Ruiz Ramos, 30 anos, mora há cerca de um ano na unidade onde ocorrem as atividades. Contou que não tem família, já tendo sido acolhido institucionalmente antes. Contou que ajuda com a manutenção do local, mas busca uma oportunidade de trabalho. Elogiou a iniciativa de reunir vários serviços no mesmo espaço. “Eles estão olhando para a gente”, comentou.
Para o venezuelano Dimas Ramon De La Santíssima Trinidad, de 33 anos, está há 3 meses vivendo nas ruas de Campo Grande. Disse que também gostaria de uma oportunidade de trabalho para que pudesse criar uma rotina. Mencionou interesse no setor de frigoríficos ou açougues. Ele recebeu lanche e aproveitou para cortar o cabelo. Disse que não teria condições de pagar pelos serviços enquanto segue nas ruas.
A prefeita informou que equipe do município estava localizando pessoas que precisam dos serviços e levando-as ao local, para que tenham acesso ao cadastro a programas sociais, orientações sobre mercado de trabalho, oportunidades de “encaminhamento com dignidade”, considerou, que possibilitaria gerar uma “transformação de vida”.