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Capital

Na contramão do desarmamento, leilão oferece revólveres em Campo Grande

Fabiano Arruda | 30/05/2011 11:35

Quem quiser levar as armas pode participar com lance mínimo de mil reais

Um item disposto em edital de leilão da 6ª vara da Justiça do Trabalho de Campo Grande vai na contramão da campanha nacional do desarmamento lançada nacionalmente no dia 6 deste mês. O item oferece três revólveres 38, marca Rossi, avaliados em R$ 2,1 mil. O interessado pode participar com lance mínimo de R$ 1.050,00.

Os leilões da 6ª vara da Justiça do Trabalho ocorrem hoje em Campo Grande. O mais caro é o 38 de cano longo avaliado em R$ 900. O lance míninmo é de R$ 450. Os outros dois são de cano curto, ambos avaliados em R$ 600 e o lance mínimo é de R$ 300.

Conforme disposto no edital, os revólveres estão “em razoável estado de uso e conservação, não tendo sido verificado o funcionamento”.

Os três-oitões aparecem ainda com o número do registro de arma do Sinarm (Sistema Nacional de Armas), instituído no Ministério da Justiça no âmbito da Polícia Federal.

Em contato com a organizadora do leilão, no Paraná, foi informado ao Campo Grande News que todos os itens dispostos nos leilões são autorizados pela Justiça. Além disso, o próprio edital esclarece: “os interessados poderão arrematar mediante apresentação de autorização da Polícia Federal”.

Desarmamento - Em Mato Grosso do Sul, os postos de devolução de armas de fogo na campanha do desarmamento são as unidades da Polícia Federal e Rodoviária Federal.

Nas duas primeiras semanas, foram recolhidas 40 armas na superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. Segundo informações da corporação, o número representa a metade do total de armas devolvidas na última campanha do desarmamento.

Um dos destaques desta edição em todo País é a agilidade no pagamento da indenização: depois de 24 horas até, no máximo, 30 dias após a entrega. Os valores da indenização podem variar de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o tipo da arma.

O lançamento da campanha, antes previsto para começar apenas em junho, foi antecipado pelo Ministério da Justiça. O motivo foi a tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, no início de abril, quando 12 crianças morreram vítima de um atirador.

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