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Capital

Na volta ao trabalho, Defensoria tem fila no sol forte

Calor e espera marcam o primeiro dia de pós-recesso de final de ano do órgão, em Campo Grande

Por Natália Olliver | 08/01/2024 13:09
Fila na entrada da Defensoria Pública, no retorno ao trabalho da Justiça. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fila na entrada da Defensoria Pública, no retorno ao trabalho da Justiça. (Foto: Henrique Kawaminami)

Quem precisou da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (8) se deparou com fila e muito sol, na unidade da Rua Antônio Maria Coelho. Com a volta do trabalhado do Judiciário, o atendimento começou às 12h.  Para conseguir atendimento rápido, a dona de casa Elisa Mendonça, de 60 anos, chegou às 9h. Ela saiu do bairro Tiradentes com os netos para tentar diminuir as parcelas das cobranças do IPTU.

Antes de abrirem as portas, por volta das 12h05, pessoas reclamaram do calor e questionaram o horário de atendimento na hora mais quente do dia. “Espero que resolva. Cheguei aqui às 9h, fui a primeira a chegar. Vim com as crianças, meus netos porque não tinha com quem deixar, não pode deixar sozinha, perigoso acidente. O IPTU veio altíssimo e a parcela não consigo pagar”.

Elisa Mendonça saiu às 9h para conseguir ser a primeira da fila (Foto: Marcos Maluf)
Elisa Mendonça saiu às 9h para conseguir ser a primeira da fila (Foto: Marcos Maluf)

Ela deve R$ 28 mil e a opção mais em conta para acertar a dívida é uma parcela de R$ 1.976,00.

Antônia Castro de Oliveira, de 64, estava de sombrinha para conseguir lidar com o sol. Ela precisou comparecer ao local para regularizar a certidão de casamento. “É que a minha está estragada, tive que fazer outra e fiz e veio errado. Aí tem que vir pra resolver que erraram o nome da minha mãe. Acho que vai demorar pra atender. Tirei o dia pra fazer isso”.

A auxiliar de serviços gerais Luzia Marshall Pacheco, 41 anos, também precisou levar os filhos para o local. Ela é uma das que reclamaram do sol forte e da espera no lado de fora do prédio, localizado na Rua Antônio Maria Coelho.

Antônia Castro de Oliveira precisou recorrer à sombrinha para evitar o sol (Foto: Marcos Maluf)
Antônia Castro de Oliveira precisou recorrer à sombrinha para evitar o sol (Foto: Marcos Maluf)

“Chega aqui não tem uma cadeira e é sem água, tem que trazer as minhas crianças, me deslocar da Vila Bourbon e temos que nos sujeitar a ficar sim no sol quente.”

Ela precisou procurar o órgão para auxiliá-la em uma ordem de despejo contra a inquilina. Segundo Luzia, a mulher está há quase 5 meses sem pagar o aluguel e se recusa a sair da casa em que ela aluga.

Luzia Marshall Pacheco, na fila para atendimento na Defensoria (Foto: Marcos Maluf)
Luzia Marshall Pacheco, na fila para atendimento na Defensoria (Foto: Marcos Maluf)

“Toda vez que venho aqui é difícil ser atendida. Tenho uma casa de aluguel, estou desde o ano passado nessa luta, pra ver se a mulher sai da minha casa. Falam que vai resolver e não resolve. Não vou partir pra ignorância, não resolve, acho melhor vir e ela sair com ordem de despejo.”

Isabel Brito Aquino, de 80 anos, precisa regularizar documentos imobiliários e recorreu à defensoria. Ela tinha audiência marcada para esta segunda-feira e quase perdeu a data ao se confundir nos dias.

“Tenho uma casa e minha cunhada não consegue vir de São Paulo, aí estou tentando ver se consigo colocar no nome dela. Tinha uma audiência hoje, mas achei que era amanhã. O bilhete estava na porta da geladeira. Quase perdi. Aí cheguei está todo mundo no sol”.

Isabel Brito Aquino quase perdeu audiência marcada para esta segunda (Foto: Marcos Maluf)
Isabel Brito Aquino quase perdeu audiência marcada para esta segunda (Foto: Marcos Maluf)

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